segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

MUNDO: Obama quer "ação executiva" para frear violência por armas

Do UOL, em São Paulo
Pablo Martinez Monsivais/AP
O presidente dos EUA, Barack Obama, durante discurso nesta segunda (14)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (14), durante a última entrevista do seu primeiro mandato à frente da Casa Branca, que estudará possíveis "ações executivas" para frear a violência gerada pelas armas de fogo no país.
As ações serão baseadas em recomendações que o vice-presidente, Joe Biden, vai apresentar amanhã (15) para Obama.
Biden vai apresentar medidas, algumas das quais requerem selo do Congresso e outros que podem ser atendidas através de um mandato presidencial, para evitar tragédias como a de Connecticut, disse Obama referindo-se ao massacre de Newtown, em dezembro passado, onde um atirador entrou em uma escola e deixou 26 mortos, dos quais 20 eram crianças.
"Acredito que podemos dar passos sem exigir ações legislativas", disse. Perguntas sobre futuras batalhas políticas com o Congresso, cortes de gastos públicos e elevação do teto da dívida nacional também foram feitas ao presidente.
Segundo ele, sua gestão vai considerar medidas "sensatas" para evitar que pessoas como o autor do massacre de Newtown "possam entrar em uma escola e matar um monte de crianças".
Obama insistiu que a oposição sobre um maior controle das armas usa táticas de medo. "Proprietários de armas responsáveis não tem nada com o que se preocupar", disse lembrando que o debate não é a respeito da Segunda Emenda da Constituição, que consagra o direito à posse de armas no país.
Está previsto que entre as recomendações de Biden, esteja uma medida para renovar uma lei federal que proíbe as armas de assalto nos EUA e que caducou em 2004.
No próximo dia 21 de janeiro deve acontecer a cerimônia de posse para o segundo mandato de Obama, em Washington.
Na quinta-feira passada (10) duas pessoas foram atingidas durante um tiroteio no colégio Taft Union High School na cidade de Taft, na Califórnia (EUA). O atirador, um aluno de 16 anos, foi detido cerca de 20 minutos depois do tiroteio, que não deixou nenhum morto.
No dia 14 de dezembro outro tiroteio abalou os Estados Unidos: Adam Lanza, 20, invadiu a escola primária Sandy Hook, na cidade de Newtown, em Connecticut, e deixou 26 mortos, dos quais 20 eram crianças. Ele se matou depois do massacre e a polícia ainda investiga os motivos que o levaram a cometer tal atrocidade.
A tragédia chocou os Estados Unidos e o mundo. O presidente do país, Barack Obama, se emocionou durante pronunciamento no dia do tiroteio: "Meu coração está despedaçado, não só como presidente, mas também como pai", disse.
Além disso, o tiroteio retomou o debate sobre armas nos Estados Unidos. Muitas veículos de imprensa, artistas e outros se posicionaram sobre o assunto, incitando ainda mais a polêmica.
Este foi o segundo maior massacre da história do país, com menos mortos apenas que o atentado que matou 32 pessoas na Virginia Tech em 2007. O suspeito teria entrado na escola com duas armas, que já foram recolhidas pelos policiais. Uma delas, de acordo com a AP, seria um rifle calibre 223. (Com Efe)

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