segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

ECONOMIA: Obama: é “absurdo” a oposição pensar em não aumentar teto da dívida

De OGLOBO.COM.BR
O GLOBO, COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS (EMAIL)

Presidente aumenta o tom contra a oposição no Congresso
Obama: “É melhor eles (republicanos) decidirem rápido, porque o tempo está ficando curto”  - JONATHAN ERNST / REUTERS

WASHINGTON – O presidente Barack Obama exigiu nesta segunda-feira que o Congresso aumente rapidamente o teto da dívida federal, dizendo que é “absurdo” e “irresponsável” que parlamentarem pense em rejeitar a medida, necessária para manter a economia americana nos trilhos. Assumindo novamente posição firme na negociação, ele alertou que não vai permitir que a oposição republicana “cobre resgate por não quebrar a economia americana” — referindo-se à proposta dos republicanos de aprovar a ampliação do limite da dívida em troca de pesados cortes no orçamento.
Se o Congresso não for capaz de elevar o limite de endividamento norte-americano, o Tesouro não será capaz de tomar emprestado dinheiro para cobrir gastos obrigatórios do governo, levando a um default que danificaria o crédito norte-americano e teria amplas repercussões nos mercados financeiros em todo o mundo.
— Seria uma ferida auto-inflingida na economia (não aprovar o aumento). Desaceleraria nosso crescimento e nos jogaria em recessão. Até pensar na ideia de isso acontecer é irresponsável. É absurdo.
Obama disse que estava disposto a considerar futuros cortes no déficit, mas só se eles forem feitos independentemente do votação para aumentar o limite de US$ 16,4 trilhões de dívida.
— A fé plena e o crédito dos Estados Unidos da América não são moeda de troca. E é melhor eles decidirem rápido, porque o tempo está ficando curto.
Ele disse que ainda não está disposto a continuar enfrentando debates prolongados e sobre a dívida, uma realidade atual que que está prejudicando a recuperação dos EUA.
— Não acho que qualquer pessoa consideraria minha posição aqui como irracional.
Republicanos continuam a exigir mais cortes
Até a disputa ocorrida em 2011, que marcou a política americana, o aumento do limite de endividamento era automático. Na opinião de analistas americanos, os representantes da corrente mais conservadora do Partido Republicano, o Tea Party, eleitos em 2010 aproveitaram o debate para forçar sua posição de que o governo deve ser menor.
Obama disse que o Congresso reduziu o déficit em US$ 2,5 trilhões ao longo de uma década, abaixo dos US$ 4 trilhões que, segundo ele, são necessários para reduzi-las a níveis gerenciáveis.
Obama precisa “levar a sério gastos e o teto da dívida oferece um momento perfeito para isso”, disse o líder republicano no Senado, Mitch McConnell, em comunicado momentos após Obama concluir a coletiva de imprensa.
O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, disse:
— O povo norte-americano não apoia o aumento do teto da dívida sem reduzir os gastos do governo ao mesmo tempo.

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