quarta-feira, 13 de julho de 2011

SEGURANÇA: Bancos testam dispositivo que incinera notas roubadas de caixas eletrônicos

De O GLOBO

João Sorima Neto (jsorima@sp.oglobo.con.br)

SÃO PAULO - Depois dos dispositivos que mancham as cédulas com tinta rosa, a rede de bancos 24 horas começou a testar um equipamento que incinera as notas quando o cofre de um caixa eletrônico é arrombado. Nesta terça-feira, dois criminosos explodiram um caixa eletrônico localizado na Avenida Américo Salvador Novelli, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. Segundo a polícia, os bandidos usaram dinamite e, com isso, acionaram um dispositivo que queimou o dinheiro quando o cofre foi arrombado.
A secretaria de Segurança Pública confirmou que as cédulas que estavam no cofre do caixa eletrônico que foi explodido nesta terça-feira foram queimadas pelo dispositivo. A Tecban, empresa responsável pelo gerenciamento da rede 24 horas, informou que, por questões de segurança, não vai se pronunciar sobre o assunto. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, todas as 12 mil unidades da rede 24 horas em funcionamento no país já estão equipadas com o dispositivo que mancha as cédulas com tinta rosa. A Federação Nacional dos Bancos (Febraban) também não se pronunciou sobre o equipamento que incinera as notas.
A tentativa de inibir o grande número de arrombamentos de caixas eletrônicos no país tingindo as cédulas com tinta rosa foi inspirada em bancos da França, Bélgica e Suíça, que também registravam esse tipo de crime. Além de disparar quando os bandidos usam explosivos, o dispositivo brasileiro foi adaptado para ser acionado também quando os criminosos usam maçaricos e furadeiras para destruir o caixa eletrônico. Mas, recentemente, o Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado (Deic) de São Paulo anunciou que os criminosos descobriram uma fórmula que limpa as cédulas manchadas de tinta rosa. Dois homens foram presos com material que limpa a tinta rosa. As cédulas foram imersas em uma substância, dentro de um filtro de água, que foi apreendido para perícia.
Segundo a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), as cédulas manchadas devem ter o mesmo tratamento que é dado às notas falsificadas. Ainda de acordo com o órgão, uma pessoa ou um comerciante pode se recusar a receber as notas manchadas. O Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central (BC) divulgaram medidas legais que regulamentam o destino dessas notas danificadas. Uma das mais importantes é a que determina que essas notas perdem sua validade e, quem a receber, não terá direito de ser ressarcido pelo valor das cédulas. Ou seja, terá prejuízo.
Para a polícia, o dispositivo que incinera as notas seria a forma mais eficaz para reduzir os ataques a bancos.

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