terça-feira, 12 de julho de 2011

ECONOMIA: Bolsas europeias recuam com temores sobre crise

Do ESTADÃO.COM.BR

Gustavo Nicoletta, da Agência Estado

Índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,74 ponto, ou 0,64%, para 268,16 pontos

LONDRES - Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em queda hoje, em sua maioria, pressionados por temores de que a crise da dívida soberana europeia, até agora restrita a nações como Portugal, Irlanda e Grécia - a chamada periferia da zona do euro -, possa se alastrar para países com economias maiores.
Ontem à noite, os ministros de Finanças da zona do euro disseram que estavam prontos para adotar mais medidas com o objetivo de evitar a disseminação da crise, mas não mencionaram ações diretas nesse sentido. "As pessoas já ouviram isso antes. Esse tipo de declaração já circula por aqui há tempos sem qualquer medida concreta", disse Predrag Dukic, vendedor de ações da CM Capital Markets.
Analistas do Bank of America Merrill Lynch alertaram que o mercado de bônus da Itália, por ser grande, pode ameaçar a economia mundial se sofrer mais deterioração. Sem a expansão do mecanismo de resgate da zona do euro e a resolução de disputas políticas internas na Itália, "a tendência mais recente do mercado de bônus italiano pode virar uma bola de neve e gerar uma grande crise para a economia global", disse o BofA.
O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,74 ponto, ou 0,64%, para 268,16 pontos. Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 recuou 60,20 pontos, ou 1,02%, para 5.868,96 pontos. Em Paris, o CAC 40 perdeu 33,39 pontos, ou 0,88%, para 3.774,12 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em queda de 56,11 pontos, ou 0,78%, a 7.174,14 pontos.
Em Milão, o índice FTSE MIB subiu 215,34 pontos, ou 1,18%, para 18.510,53 pontos, depois de o governo da Itália divulgar que vendeu 6,75 bilhões de euros em bônus com vencimento em 12 meses. Os papéis foram colocados com uma taxa 1,5 ponto porcentual superior à registrada num leilão de papéis semelhantes ocorrido no mês passado, mas a demanda ficou praticamente estável.
O IBEX 35, da Bolsa de Madri, recuou 67,20 pontos, ou 0,69%, para 9.603,40 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 64,66 pontos, ou 0,94%, para 6.909,64 pontos. O ASE, da Bolsa de Atenas, perdeu 2,37 pontos, ou 0,19%, para 1.216,51 pontos.
Os bancos da Itália foram os principais beneficiados pela notícia da venda dos títulos do país. O Unicredit subiu quase 6% e o Intesa Sanpaolo avançou 3,3%. Em outras praças, no entanto, os papéis do setor financeiro tiveram um desempenho mais fraco. Em Frankfurt, o Deutsche Bank caiu 1%, enquanto em Atenas as ações do National Bank of Greece fecharam em alta de 1,6%, depois de passarem boa parte do dia em baixa.
No segmento de telecomunicações, a Alcatel-Lucent caiu 3% depois de o Deutsche Bank rebaixar a recomendação das ações da companhia para "manter", de "comprar". As fabricantes de chips também recuaram. Infineon Technologies e STMicroelectronics fecharam em queda superior a 3,5% depois de a Microchip Technology ter anunciado ontem uma redução em suas estimativas de lucro para o primeiro trimestre fiscal, citando desafios ligados ao terremoto no Japão. As informações são da Dow Jones.

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