sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

POLÍTICA: Equipe de Dilma anuncia mais três nomes para o ministério; Palocci vai para a Casa Civil

Do UOL Notícias
Em Brasília tweet
Camila Campanerut*
A equipe de transição da presidente eleita Dilma Rousseff anunciou na tarde desta sexta-feira (3), em Brasília, mais nomes que irão compor seu ministério. Antonio Palocci foi escolhido para ocupar a Casa Civil, José Eduardo Cardozo vai para a Justiça e Gilberto Carvalho para a Secretaria-Geral da Presidência.
Na última quarta-feira (24) foram oficialmente anunciados os nomes da equipe econômica: Guido Mantega permaneceu na Fazenda, Miriam Belchior foi escolhida para o Planejamento e Alexandre Tombini para o Banco Central.
"A presidente eleita orientou os futuros ministros a trabalhar de forma integrada com os demais setores do governo para dar cumprimento a seu programa de desenvolvimento com distribuição de renda e garantia da estabilidade econômica", diz nota oficial.
Membros da equipe de transição não confirmaram os rumores de que Edison Lobão seria o escolhido para o Ministério de Minas e Energia, Wagner Rossi para a Agricultura e Paulo Bernardo para o Ministério das Comunicações.
Segundo os mesmos interlocutores de Dilma, a petista ainda não se decidiu sobre a área da Saúde, após ter desmentido fala do governador Sérgio Cabral, na qual dizia que o secretário da pasta do Rio, Sérgio Côrtes, assumiria o ministério. Contudo, Côrtes ainda não está descartado. “Ele sempre foi um dos nomes considerados pela presidente”, disse um dos membros da equipe de transição.
Quem são os novos ministros
Ex-prefeito de Ribeirão Preto, Antonio Palocci foi coordenador da campanha de Lula em 2002. Ligado a grupos de esquerda na juventude, tornou-se, no Ministério da Fazenda, o fiador de uma política econômica pragmática e criticada por outras estrelas do petismo. Em 2006, deixou o governo por conta de acusações de tráfico de influência e de ter ordenado o vazamento do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que o acusou de frequentar a “mansão do lobby” em Brasília.
Acabou eleito deputado federal em 2006 e teve discrição em sua atuação parlamentar. Neste ano, acabou indicado a coordenar a campanha de Dilma, de quem se aproximou nesse período. Assumirá uma Casa Civil desidratada – que não terá a função de gerenciar o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), transferido à pasta do Planejamento.
O deputado federal José Eduardo Cardozo também integrou a equipe de coordenação da campanha de Dilma à Presidência. Professor de Direito da PUC-SP, sua carreira política deslanchou na Câmara de Vereadores paulistana, que presidiu na gestão de Marta Suplicy. Cotado para vários cargos no primeiro escalão de Lula, sempre teve sua indicação barrada por membros do próprio partido.
É membro de uma corrente que foi crítica ao partido durante o escândalo do mensalão, mas que acabou compondo mais adiante com a força majoritária da sigla – da qual participam Lula, Dilma e Palocci. É secretário-geral petista e desistiu de tentar mandato na Câmara neste ano.
Chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho é um dos homens mais próximos do presidente. Trabalhou na prefeitura de Santo André e é ligado ao movimento sindical e à esquerda católica. Durante as eleições presidenciais, ajudou Dilma a diminuir resistências entre os religiosos por conta das acusações de que ela seria a favor da prática do aborto. Assumirá a função de dialogar com movimentos sociais.
*Com colaboração de Maurício Savarese, em São Paulo

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