sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

DIREITO: OAB do Rio suspende advogados por 90 dias

Do CONJUR
Por Marina Ito

O Tribunal de Ética e Disciplina da OAB do Rio de Janeiro decidiu, nesta quinta-feira (2/12), suspender por 90 dias os três advogados acusados de envolvimento nos ataques da semana passada na capital fluminense. Por maioria, os conselheiros entenderam que a suspensão é necessária devido à repercussão negativa da decretação da prisão dos advogados.
Segundo o presidente da OAB do Rio, Wadih Damous, o Tribunal de Ética não entrou no mérito da questão. Ele explicou que a decisão se deu pela repercussão junto à sociedade em relação à advocacia, já que os advogados foram acusados de serem informantes.
Já os conselheiros que votaram contra, explicou Wadih, entenderam que os diálogos não provavam a participação dos advogados nos episódios. No curso de 90 dias, o procedimento deverá ser concluído.
A OAB do Rio já abriu procedimento disciplinar para apurar eventuais faltas dos advogados Beatriz da Silva Costa de Souza, Flávia Pinheiro Fróes e Luiz Fernando da Costa. Segundo denúncia do Ministério Público, os três são os advogados dos presos Marcinho VP e de Elias Pereira da Silva, o Elias maluco, considerados chefes do tráfico e os autores das ordens dos ataques a veículos, policiais e edifícios.
Na sexta-feira (26/11), os três foram denunciados pelo MP por associação para o tráfico e por colaborarem como informantes dos detidos. No mesmo dia, o juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 1ª Vara Criminal de Bangu, decretou os pedidos de prisão preventiva dos envolvidos. Eles são considerados foragidos pela Polícia.
A seccional abriu procedimento para apurar o caso. Foi designado um relator, o conselheiro Eduardo Kalache, para o procedimento. O presidente da OAB-RJ recebeu cópia de todo o processo que corre contra os advogados no Judiciário fluminense.
O Jornal Nacional, da Rede Globo, divulgou uma das conversas das advogadas Flávia Pinheiro Fróes e Beatriz Costa de Souza. Para a Justiça, elas falam sobre os últimos ataques ocorridos no Rio de Janeiro. A gravação serviu de base para que o juiz Alexandre Abraão decretasse a prisão. De acordo com ele, os três recebiam ordens por bilhetes e verbalmente. Depois, repassavam as informações para os demais membros das quadrilhas.

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