segunda-feira, 16 de agosto de 2010

MUNDO: Iraniana Sakineh não será enviada ao Brasil, diz Ahmadinejad

De O GloboAgências internacionais
TEERÃ - O Irã não enviará ao Brasil Sakineh Mohammadi Ashtiani, a mulher de 43 anos condenada à morte por adultério, disse o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, em entrevista em TV local exibida nesta segunda-feira. A declaração encerraria a polêmica envolvendo a proposta de asilo a Sakineh, que o governo brasileiro garante ter feito a Teerã.
Ahmadinejad comentou não haver necessidade de Sakineh deixar o Irã e afirmou que a questão "será resolvida". Inicialmente, a pena seria executada por apedrejamento, mas, diante da comoção internacional, ela teria sido substituída por enforcamento.
- Acredito não haver necessidade de criar um problema para o presidente Lula e enviá-la ao Brasil - comentou o presidente.
Na semana passada, a TV estatal iraniana exibiu uma entrevista em que uma mulher, identificada como Sakineh, admitia adultério e participação no assassinato do marido. O advogado da condenada afirmou que a confissão foi feita sob tortura.
O advogado de Sakineh, Javid Houtan Kian, afirmou que a sua cliente jamais fora acusada de homicídio ou julgada por esse crime.
No dia seguinte, a iraniana
repetiu aos filhos, durante visita na prisão, a confissão que fizera à TV.
O apedrejamento foi imposto nos primeiros anos da Revolução Islâmica de 1979 no Irã. Embora o Judiciário continue aplicando a pena 30 anos depois, ela geralmente é substituída por outras formas de punição.

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