sexta-feira, 2 de julho de 2010

MUNDO: Argentina julga primeiro presidente da ditadura militar

Do OPERA MUNDI
O ex-ditador argentino Jorge Videla, o primeiro do regime militar que durou de 1976 a 1983, voltou ao banco dos réus nesta sexta-feira (2/7) pela primeira vez desde 1985, em um julgamento sobre o fuzilamento de presos políticos em prisões da província de Córdoba. Aos 84 anos, Videla é julgado junto com outros 24 acusados, incluindo o ex-chefe militar Luciano Menéndez, já condenado à prisão perpétua em outros dois julgamentos recentes. O caso investigada é o fuzilamento de 31 presos políticos em prisões de Córdoba, região central de Argentina, em 1976. A “maioria foi executada durante traslados autorizados por um juiz, em meio a supostas tentativas de fuga para justificar seu assassinato”, segundo a o processo. O ex-ditador, que comandou em 1976 o golpe de Estado que instaurou um regime militar, está preso por violações dos direitos humanos. É o primeiro julgamento de Videla desde 1985, quando foi condenado à prisão perpétua no histórico julgamento das juntas militares. Em 1990, foi indultado pelo então presidente Carlos Menem, mas, em 2007, a Suprema Corte derrubou a anistia, restaurando a sentença contra ele. Valor moral Além da Argentina, outros países acusam Videla por morte de civis durante o regime, como a Itália, a Espanha, a França e a Alemanha. Ele chegou a ficar em cadeias militares e em prisão domiciliar, mas agora está em uma cela comum. Com o ex-ditador já foi condenado à prisão perpétua, o julgamento que começa nesta sexta-feira não pode elevar seu tempo na cadeia e a sentença terá apenas valor moral. Segundo o secretário de Direitos Humanos da Argentina, Eduardo Luis Duhalde, trata-se de um processo histórico. “É o julgamento dos máximos responsáveis pelo genocídio argentino”, afirmou, de acordo com a agência de notícias argentina Télam. A partir de 2005, quando foram anuladas as leis de anistia na Argentina – Lei de Ponto Final e de Obediência Devida – ex-militares e policiais acusados de sequestro, prisão arbitrária, assassinato e tortura estão sendo julgados.

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