quarta-feira, 30 de junho de 2010

MERCADO FINANCEIRO: Dólar fecha semestre com alta acumulada de 3,5%, a R$ 1,804

Do UOL
Da Redação, em São Paulo

O dólar comercial encerrou a sessão desta quarta-feira em queda. A moeda norte-americana caiu 0,39%, cotada a R$ 1,804 na venda. No acumulado do mês de junho, o dólar desvalorizou-se em 0,93%. No semestre, porém, tem ganho de 3,5%.
Para os próximos seis meses, profissionais de mercado apostam em um vaivém na cotação da moeda, mas sem a definição de um viés claro.
A mediana das previsões de analistas ouvidos pelo Banco Central coloca a taxa de câmbio a R$ 1,80 no final do ano. A estimativa tem se mantido nesse nível há 14 semanas.
"No curto prazo, a tendência ainda será de apreciação do real. Mas, em perspectiva, ao final do terceiro trimestre a tendência deverá ser de valorização do dólar", disse à agência de notícias Reuters o diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, apontando para a perspectiva de um aumento no deficit das transações correntes do país.
Para as próximas semanas, a expectativa é de um crescimento da entrada de recursos no país, após mais de US$ 4 bilhões em saídas líquidas em junho até o dia 25. Apesar do adiamento da capitalização da Petrobras, que chegou a provocar uma pressão de alta sobre o dólar, a oferta de ações do Banco do Brasil e o ciclo de alta do juro básico devem ser capazes de atrair recursos ao Brasil.
Os próprios bancos se anteciparam ao possível fluxo, vendendo dólares ao Banco Central.
"Estimamos que a posição vendida dos bancos no mercado à vista esteja em cerca de US$ 9,3 bilhões", escreveu o analista Diego Donadio, do BNP Paribas, em relatório.
A antecipação das vendas, no entanto, pode ter efeito contrário sobre a taxa de câmbio, favorecendo a alta da moeda caso as entradas não se confirmem como esperado. "Esse não é um nível sustentável. Os fatores técnicos não são favoráveis ao real no curto prazo", ponderou Donadio.
Os profissionais de mercado também trabalham com a previsão de que, caso o dólar engrene uma tendência de queda, o governo atue na contramão com a compra de dólares pelo Fundo Soberano.
Nesta quarta-feira, na apresentação a jornalistas do relatório de inflação do BC, o diretor de política monetária Carlos Hamilton Araújo afirmou que a taxa de câmbio está apreciada em relação à média histórica.
É preciso também prestar atenção ao exterior. Na visão de analistas do HSBC, esse é o principal fator para a definição da taxa de câmbio no Brasil. O real, segundo relatório do Banco de Compensações Internacionais (BIS) em junho, ocupa o segundo lugar global em derivativos financeiros, à frente do euro.
Entre as principais incertezas sobre o cenário global estão o ritmo de crescimento das principais economias, a possível desaceleração da atividade na China e os desdobramentos da crise da dívida na Europa.
(Com informações da Reuters)

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