quarta-feira, 10 de março de 2010

POLÍTICA: Crise leva à demissão em massa no primeiro escalão em Porto Seguro

Do POLÍTICA HOJE

A crise governamental na qual está imerso o município de Porto Seguro – o que ficou mais evidente com a decretação de prisão preventiva do ex-secretário de Governo e Comunicação Edésio Lima, 44, apontado como mandante do assassinato de dois professores sindicalistas e que está foragido –, gerou a demissão de um secretário e pedido de demissão de outro e de diversas pessoas em cargos de primeiro e segundo escalões da prefeitura local. Para piorar a situação, ontem à noite a APLB-Sindicato, que representa os professores locais, ingressou na Câmara Municipal de Vereadores com um pedido de afastamento do prefeito Gilberto Pereira Abade (PPS).
Argumentos - Os secretários que saíram, como o de Planejamento e ex-vice-prefeito, Miguel Balejo, o de Meio Ambiente, Rubem Zaldivar, são categóricos em afirmar que não há como ficar mais em seus cargos devido à “falta de governabilidade” a que a cidade estaria submetida. Eles disseram ainda que a prefeitura passa por uma crise financeira tão grande que não dispõe nem de telefone. Também pediram para deixar os cargos o diretor de Compras da prefeitura, Bernadino Borges, a diretora do Parque Municipal do Centro Histórico, Rita de Cássia Xavier, e o gerente de Museus, Jair Romeu Fernandes. As informações são do jornal A Tarde.
Soma-se ao coro dos que já saíram o secretário de Cultura, Mário Jorge Jucksch Paula, presidente do PPS local, que se reuniu ontem com fido seu partido para tomar um rumo. Pelas declarações de Mário Jorge, em entrevista pouco antes da reunião com filiados da legenda, ele deverá deixar o governo. “Nunca houve uma reunião de secretariado, para definir metas, estratégias. As reuniões sempre foram a varejo. O que tínhamos de plano de governo para a Cultura não foi seguido; ao contrário: vieram passando por cima de tudo, sem obedecer a cronograma algum. O resultado se vê agora, com a saída de secretários, a paralisação da administração”, comentou, destacando que, para ele, o que mais prejudicou foi a tática de “dividir para governar”, que estaria sendo praticada pelo ex-secretário Edésio Lima.
Defesa - O prefeito Gilberto Pereira Abade informou que mais quatro secretários deverão sair. “Estamos fazendo uma reforma administrativa”, argumentou ele, negando crise de governabilidade. “Vamos fazer as mudanças necessárias. Ainda não temos os nomes dos que vão sair”, afirmou. Sobre a falta de verba na prefeitura, o prefeito declarou que está fazendo ajustes na contabilidade, para poder pagar as contas em dia. “Estávamos pagando uma média de R$ 70 mil por mês de telefone. Não dava pra ficar com esse gasto. Mas estamos providenciando a solução”, exemplificou.

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