quinta-feira, 12 de novembro de 2009

GESTÃO: Raios contestados

De O FILTRO
Passadas 20 horas do apagão, o governo deu uma explicação para ele que parece não ter convencido. Uma tempestade com muitos raios, na região da cidade de Itaberá, no sul de São Paulo, teria sido a responsável pela queda de uma linha de transmissão, que, num efeito dominó, derrubou mais duas. Sem as três linhas, segundo o governo, 40% da energia do país foi desligada, deixando no escuro 18 Estados. No entanto, especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) contradizem a versão e afirmam que, embora tenha sido registrada uma tempestade na região de Itaberá por volta das 22h15, nenhuma descarga elétrica foi detectada perto das linhas de transmissão. O Estadão conta que, mesmo que um raio tivesse atingido diretamente a rede, ele precisaria ser quatro vezes mais forte do que o registrado para derrubar a linha. Para o coordenador do Inpe, Osmar Pinto Junior, é muito provável que uma falha técnica tenha causado o blecaute e, como ele ainda não foi identificado, é grande a chance de novos problemas acontecerem, informa o G1. O apagão caiu como bomba no Palácio do Planalto, segundo O Globo. Irritado com informações desencontradas dadas ao longo do dia por seus ministros e preocupado em blindar a ministra da Casa Civil e pré-candidata à Presidência, Dilma Rousseff, contra ataques da oposição, o presidente Lula ordenou a integrantes do governo e líderes da base aliada no Congresso que deixassem claras as diferenças entre o blecaute de 2001, que desgastou a administração tucana de Fernando Henrique Cardoso, e o de agora. A oposição, que andava meio apática a poucos meses do início da campanha eleitoral, criticou o sistema de energia e lembrou que, há duas semanas, Dilma havia dito que o Brasil não sofreria mais apagões.

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