quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

POLÍTICA: PSDB aprova apoio à reforma da Previdência, mas sem punir contrários

FOLHA.COM
TALITA FERNANDES
BRUNO BOGHOSSIAN
DE BRASÍLIA
THAIS BILENKY
DE SÃO PAULO

Pedro Ladeira/Folhapress

A direção do PSDB aprovou uma manifestação oficial de apoio de suas bancadas à reforma da Previdência. A declaração estabelece uma orientação aos deputados e senadores do partido para que votem a favor da proposta.
A decisão, conhecida como "fechamento de questão", foi tomada na primeira reunião da executiva da sigla sob o comando do governador paulista, Geraldo Alckmin, e aprovada sem ressalvas.
Embora o partido tenha fechado questão sobre o tema, foi decidido que os parlamentares que não votarem a favor da reforma não sofrerão punição por descumprirem a orientação, o que faz com que essa manifestação seja simbólica. O tema ainda pode ser discutido em uma nova reunião.
O fechamento de questão em geral impõe punição — no limite, a expulsão — ao parlamentar que desacatar a decisão partidária. A punição, contudo, não foi discutida.
A proposta foi pensada de forma a dar um discurso para deputados pressionados por sua base eleitoral a vetarem a medida, impopular entre a população.
Segundo a Folha apurou, o governador goiano, Marconi Perillo, primeiro vice-presidente do partido, foi quem apresentou a proposta.
Com essa declaração formal de apoio, dirigentes tucanos estimam que pelo menos 30 dos 46 deputados do partido devem votar a favor da proposta quando ela for levada a plenário.
A adesão oficial do PSDB à proposta é uma das principais apostas do Palácio do Planalto para tentar votar a reforma da Previdência ainda este ano, mas não garante o apoio suficiente para a aprovação do texto.
Auxiliares do presidente Michel Temer intensificaram o contato com Alckmin nos últimos dias para tentar obter essa declaração oficial de apoio do partido à proposta nesta quarta (13).
Para o governo, uma manifestação formal dos tucanos a favor da proposta pode provocar um efeito cascata em outros partidos, que seriam pressionados a fazer o mesmo movimento.
O governo ainda enfrenta dificuldades para obter os 308 votos necessários para aprovar a proposta na Câmara ainda este ano. Temer já admitiu publicamente que a reforma pode ser levada ao plenário apenas no ano que vem.

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