segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

ECONOMIA: Dólar ultrapassa R$ 3,30, mas recua no final do pregão

OGLOBO.COM.BR
POR MARINA BRANDÃO

Bolsa sobe 0,1%, puxada por Vale e bancos

- Xaume Olleros / Bloomberg

RIO - O dólar ganhou força e inverteu a baixa registrada na manhã desta segunda-feira, após o futuro ministro da articulação política, Carlos Marun (PMDB-MS), admitir que o governo ainda precisa de 40 a 50 votos para aprovar a reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. A moeda, que abriu na casa de R$ 3,27, fechou o pregão com alta de 0,06%, a R$ 3,298. Na máxima, a divisa chegou a ser negociada a R$ 3,304.
Já o Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, chegou a inverter o movimento de alta da abertura, após a fala mais cautelosa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ao dizer que não será fácil aprovar a reforma na próxima semana. O índice, porém, voltou a operar no positivo e fechou com leve alta de 0,09%, a 72.800 pontos.
— Hoje, a reforma da Previdência é o principal motor que guia o mercado. Por isso, cada vez que algum político tem uma fala mais negativa sobre a sua votação, o mercado dá uma estremecida e acaba realizando um pouco — avalia Ari Santos, gerente de mesa Bovespa da corretora H. Commcor.
Além deles, no sábado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (que assumiu no mesmo dia a presidência do PSDB), anunciou a convocação de uma reunião da legenda para debater a reforma da Previdência. Ele disse ser pessoalmente favorável a que o partido feche questão sobre o tema. No domingo, o presidente Michel Temer também falou sobre a Previdência. Conforme mostrou O GLOBO, em meio às dificuldades para conseguir apoio político, o presidente Michel Temer admitiu, após cerimônia da Organização Mundial de Comércio (OMC), em Buenos Aires, a possibilidade de o projeto ser votado somente em 2018.
— Mesmo com a nova taxa de juros americana, que será divulgada na quarta-feira pelo Fed (o bc americano), o dólar estava tranquilo. Mas a possibilidade de deixar a votação para 2018 preocupa muito o mercado, e acaba precificando mais a moeda do que o cenário externo. Se ficar para o ano que vem, as agências de ratings vão diminuir muito a credibilidade do país — avalia Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio Treviso Corretora.
No cenário internacional, Galhardo destaca ainda o atentado terrorista nos EUA, que deixou quatro pessoas feridas após uma explosão em um terminal de ônibus, em Manhattan, como fator que contribuiu para a alta.
Na Bolsa, o índice sobe puxado pelas commodities. Na segunda-feira, os contratos futuros do minério de ferro para maio de 2018, subiram 2% e, na abertura do mercado chinês de terça, já é negociado com alta de 0,98%. Com isso, os papeis da Vale, foram a principal influência positiva no pregão, subindo 0,79%, a R$ 35,76.
As ações da Petrobras também fecharam em alta. O contrato futuro de petróleo do tipo Brent para fevereiro, sobe 2,15%, a US$ 64,76 o barril. As ordinárias (ON, com direito a voto) da petroleira subiram 0,5%, a R$ 15,97; e as preferenciais (PN, sem direito a voto), se valorizam em 0,2% a R$ 15,38.
Entre os bancos, o BB caiu 0,81%, a R$ 30,70. O Bradesco terminou estável, a R$ 32,96, e o Itaú Unibanco subiu 0,26%, a R$ 42,36.
No exterior, o dólar é negociado em estabilidade, frente a uma cesta de dez moedas. Assim como com o real, a moeda americana opera em queda frente a algumas divisas de emergentes, o peso argentino (-0,59%), a lira turca (-0,41%), e o rand sul-africano (-0,35%).

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