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POR CAROLINA BRIGÍDO
Polícia formulou 82 questões, que chegaram às mãos da defesa na segunda-feira à tarde

O presidente Michel Temer, durante cerimônia em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente - Givaldo Barbosa/05-06-2017 / Agência O Globo
BRASÍLIA – A defesa do presidente Michel Temer pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais tempo para responder às perguntas feitas pela Polícia Federal. O relator da Lava-Jato, ministro Edson Fachin, tinha dado 24 horas para a manifestação de Temer. Esse prazo se encerraria na tarde desta terça-feira. No entanto, diante da quantidade de questões formuladas, o advogado Antonio Mariz apelou para o “bom senso” do ministro e pediu até o fim da semana para apresentar as respostas – segundo ele, até sexta-feira ou sábado. A PF formulou 82 questões, que chegaram às mãos da defesa na tarde desta segunda-feira. (Acompanhe, em tempo real, o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE)
“Em face da complexidade e da surpreendente quantidade dos quesitos formulados (82), entende-se ser absolutamente impossível e contrário ao princípio da razoabilidade exigir-se uma manifestação do Sr. Presidente da República no exíguo prazo de 24 (vinte e quatro) horas, lembrando-se que para a sua elaboração não foi consignado nenhum prazo”, diz a defesa. “Por todo o exposto, contando com o elevado bom senso e compreensão de Vossa Excelência, o Sr. Presidente da República considera que estará habilitado para a análise e para a deliberação sobre as questões ofertadas até o final da presente semana (dias 9 ou 10)”, concluiu Mariz.
Em outro despacho, Fachin explicou que Temer não precisaria responder a todos os questionamentos. A defesa, no entanto, afirmou agora que o presidente quer esclarecer todas as dúvidas relacionadas à gravação da conversa com o dono da JBS, Joesley Batista, mesmo com a perícia não concluída, por serem “de fundamental importância para a sua defesa”.
Ainda segundo Mariz, Temer vai precisar de um “prazo razoável” para responder a todas as questões. “A análise de cada uma das oitenta e duas indagações imporá um grande esforço de S. Excelência, que não poderá descuidar das obrigações inerentes ao cargo, dentre as quais a de cumprir a sua carregada agenda, marcada por compromissos que lhe ocupam mais de quinze horas por dia”, escreveu o advogado.
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