POLÍTICA LIVRE
Tribuna da Bahia
Foto: Divulgação
Senadora Lídice da Mata
Cada vez mais próximo ao governo Michel Temer, a relação entre o PSB e o Palácio do Planalto pode trazer consequências ao diretório baiano. Conforme antecipado ontem com exclusividade pelo Política Livre, já está tudo praticamente acertado para que o deputado federal Bebeto Galvão assuma a presidência da sigla no estado, sucedendo a senadora Lídice da Mata, que atualmente ocupa o cargo. A mudança seria um desejo da cúpula nacional do partido, muito pela postura da sigla no estado, que faz parte da base do governador Rui Costa (PT), e da própria Lídice, opositora ferrenha ao governo Temer. A mudança só não teria sido feita antes por conta do voto de Bebeto contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O partido teme ainda que Lídice não tenha força para se reeleger ao Senado em 2018 e enxerga na baiana um obstáculo nas votações no Senado. Procurada pela Tribuna, Lídice afirmou que não iria comentar boatos e negou as especulações. “Eu não sei. Não posso falar sobre boatos. Se tem alguém que pode falar sobre esse assunto é quem soltou a informação”, disse ela. Ao ser questionada sobre uma possível pressão da cúpula nacional do PSB, ela também negou. “O partido tem a tradição de colocar o que pensa. Se isso fosse verdade seria uma posição nacional, mas não existe uma assinatura do presidente do partido, ou de qualquer diretor. Portanto, isso continua como um boato”, continuou a senadora. Outro que negou as especulações foi o presidente do PSB em Salvador, Waldemar Oliveira, “Isso é boato. Não estou sabendo de nada disso não. Nem da cúpula nacional, nem da estadual. Isso sempre é levantado. Já é a terceira vez que se especulam isso, muito por conta da nossa postura aqui na Bahia, de não apoiar o atual governo, e a postura do partido nacional, aliado ao Temer. Mas isso não existe. O Bebeto tem uma boa relação aqui no estado, com a presidente Lídice, sempre participa das reuniões, e quando não pode sempre manda um assessor. A senadora Lídice continua como presidente do partido aqui na Bahia”, afirmou ele à Tribuna. Questionado sobre uma possível pressão do diretório nacional do partido por conta da postura adotada pelos baianos e da aliança com o governo Rui Costa, Waldemar afirmou que a cúpula nacional deixa os diretórios estaduais livres para tomarem as duas decisões. “Não existe isso de pressão. Temos a nossa postura, mas não tem isso de ser pressionado não”, afirmou ele.
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