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POR ILIMAR FRANCO

Rui Falcão | Edilson Dantas
Os partidos à esquerda acreditam que a divisão do PT tem data marcada. Ela se dará após as eleições de outubro. Os deputados petistas estão agora empenhados na eleição de seus cabos eleitorais para 2018: prefeitos e vereadores. Na esquerda, são poucos os que creem que consigam criar uma nova sigla. Apostam na fragmentação. Os desiludidos devem percorrer e bater em muitas portas. (Na foto, o presidente do PT, Rui Falcão.)
Ocupar o espaço
Com seis deputados, o PSOL quer avançar nos estilhaços do PT. Seus dirigentes afirmam que há negociações com cerca de oito petistas. Para Chico Alencar, seu partido não pode ser sectário, e acolher alguns, mas sem escancarar suas portas. A prioridade da legenda é disputar e conquistar as bases e o eleitorado petista. Estes estariam à deriva, a procura de um novo barco para navegar: “O PT deixou um vazio no campo da esquerda”. Ao dar guarida a petistas, reconhecem que há um risco de contaminação. Mas apostam que vai prevalecer, na opinião pública, a identidade e as posições claras, contrárias ao sistema político vigente, cultivadas nos últimos dez anos.
“O PT é vítima de seus próprios erros. Há críticas (à Lava-Jato), mas o discurso da vitimização não dá. Os petistas perderam sua capacidade de autocrítica”
Chico Alencar
Deputado federal do PSOL do Rio
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