quarta-feira, 29 de junho de 2016

GESTÃO: Padilha defende votação do reajuste dos servidores do Judiciário

OGLOBO.COM.BR
POR CRISTIANE JUNGBLUT

Ministro da Casa Civil disse que Temer não tem compromisso com outro projeto de vencimento dos ministros do STF

O ministro da Casa Civil Eliseu Padilha em reunião com representantes da centrais sindicais no Palácio do Planalto - André Coelho / O GLOBO

BRASÍLIA - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, defendeu nesta quarta-feira a aprovação do projeto de reajuste dos servidores do Poder Judiciário, que poderá ser votado na tarde desta quarta-feira. Padilha disse que essa negociação foi feita pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff, mas que seria "vantajoso para os cofres públicos". Isso porque prevê um reajuste de 41,5% em até oito parcelas, até 2019.
No governo passado, Dilma teve que vetar um outro aumento que significava um reajuste médio de 56%, podendo a chegar a mais de 70% em alguns casos. Como alternativa, foi fechado o acordo dos 41,5%, que terá um impacto de R$ 2 bilhões em 2016.
— Essa era uma negociação que foi feita pelo governo anterior. Havia sido represado o reajuste por vários anos, o governo conseguiu uma boa negociação, e o que fizemos foi honrar a negociação que havia sido feita que é vantajosa. Aquilo que foi ajustado antes e que economicamente é bom negócio para o governo. O governo passado fez um bom negócio nessa negociação — disse Padilha.
Mas o ministro deixou claro que o governo Michel Temer não tem compromisso com outro projeto que eleva o vencimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil.
— Essa questão pelo que me consta não está ainda em jogo —avisou Padilha.
Segundo dados do Planejamento, o impacto acumulado dos reajustes dos servidores dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) chegará a R$ 67,7 bilhões, sendo de R$ 7 bilhões apenas em 2016.
RENAN COM DILMA É NORMAL
O ministro ainda considerou "normal" o encontro previsto para hoje entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a presidente afastada Dilma Rousseff:
— Nenhum problema. É absolutamente normal. Ela é presidente da República, embora afastada da função.
Padilha esteve no Senado negociando a votação da Medida Provisória da Aviação Civil. A MP e os projetos de reajuste dos servidores do Judiciário e do Ministério Público da União estão na pauta do Senado desta quarta-feira à tarde.

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