terça-feira, 23 de setembro de 2014

ELEIÇÕES: Marina e Aécio atacam uso do fundo soberano por Dilma

ESTADAO.COM.BR
LUCIANA NUNES LEAL, FERNANDA NUNES E JOÃO DOMINGOS, ENVIADO ESPECIAL A CURITIBA - O ESTADO DE S. PAULO

Para Marina Silva (PSB), presidente 'está comprometendo a estabilidade econômica' do País; Aécio Neves (PSDB) afirma que governo se afastou da iniciativa privada
Atualizado às 11h38 - O uso de recursos do Fundo Soberano para fechar as contas públicas do governo foi criticado pelos candidatos a oposição nesta terça-feira. A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmou que ao tomar essa medida, a presidente Dilma Rousseff compromete a estabilidade econômica do Pais. Já o tucano Aécio Neves disse que o governo afastou a iniciativa privada. "Nós vemos agora o governo reduzir a previsão de crescimento e sacar dinheiro Fundo Soberano do Brasil. Ao contrário do que o governo quer fazer crer, o baixo crescimento do Brasil não é resultado apenas da crise internacional. O governo demonizou o setor privado, afastou o investimento e o resultado é esse crescimento pífio", criticou ao desembarcar na estação das barcas em Niterói, na região metropolitana do Rio
A ex-ministra adotou um tom mais forte e disse que a iniciativa "é uma demonstração clara de que o atual governo está comprometendo a estabilidade econômica de nosso País", afirmou durante entrevista coletiva em Curitiba (PR). Marina afirmou ainda que o governo age de forma errática na economia e não reconhece os erros que comete "Se o boletim médico é otimista, as intervenções são altamente preocupantes", disse ela, na entrevista.
Marina lembrou ainda que a taxa de crescimento acaba de ser reajustada para menos. "Caiu de algo em torno de 1,5% para 0,9%". Ela disse que não faz política do quanto pior melhor. "Mas o País precisa crescer. É preciso não fazer discurso otimista", disse, repetindo as críticas a Dilma Rousseff, que vem afirmando que a oposição adota um discurso pessimista sobre o cenário atual do País. "A ponto de um fundo que foi criado para ser usado em situação de extrema gravidade agora estar sendo utilizado. Governar é colocar os interesses da Nação em primeiro lugar. Não sacrificá-lo em função de políticas erráticas, para ganhar a eleição", disse.
Como divulgou o Estado nesta terça, o governo cortou pela metade a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, de 1,8% para 0,9%, de acordo com o quarto relatório bimestral de reprogramação do Orçamento, divulgado pelo Ministério do Planejamento. A nova estimativa, porém, está distante da previsão de expansão de 0,3% feita por economistas de mercado consultados semanalmente pelo Banco Central.
Para fechar as contas, o governo informou ainda que usará mais R$ 1,5 bilhão do lucro das empresas estatais, sacará R$ 3,5 bilhões em recursos do Fundo Soberano do Brasil (FSB) e cortará despesas que não dependem de si mesmo.

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