terça-feira, 2 de dezembro de 2014

MUNDO: Netanyahu demite ministros da Justiça e Finanças

OGLOBO.COM.BR
POR O GLOBO / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

'Não vou mais tolerar uma oposição dentro do governo', diz primeiro-ministro, que deve dissolver o Parlamento e convocar eleições
Benjamin Netanyahu ao lado da ex-ministra da Justiça, Tzipi Livni. Livni e o ministro das Finanças, Yair Lapid, foram demitidos por críticas ao governo israelense - GALI TIBBON / AFP
JERUSALÉM — O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou nesta terça-feira a demissão de seus ministros das Finanças e da Justiça, numa medida que aparenta um colapso do governo e se aproxima cada vez mais de uma antecipação das eleições.
“O primeiro-ministro pretende apelar para a dissolução do Parlamento o mais rapidamente possível e obter um mandato claro para liderar Israel”, afirmou uma declaração de seu Gabinete.
O Parlamento israelense, começará nesta quarta-feira a examinar um projeto de lei de dissolução que pode ser aprovado até a próxima segunda-feira, afirmou uma rádio local.
Com a dissolução, o governo seria obrigado a encerrar seu mandato com três anos de antecedência, e formar uma coalizaão mais conservadora, o que dificultaria ainda mais as negociações de paz com lideranças palestinas.
Netanyahu, que lidera o partido de direita Likud, também disse que ordenou a demissão do ministro das Finanças, Yair Lapid, e da ministra da Justiça, Tzipi Livni, líderes de partidos centristas.
“Na últimas semanas, incluindo o último dia, os ministros Lapid e Livni atacaram duramente o governo que eu lidero. Eu não vou mais tolerar uma oposição dentro do governo”, disse Netanyahu em comunicado.
Demitido, Lapid acusou Netanyahu de colocar seus interesses políticos na frente dos de Israel.
"A demissão de ministros é um ato de covardia e perda de controle. Estamos tristes de ver que o primeiro-ministro decidiu agir sem considerar os interesses nacionais, arrastando Israel para eleições desnecessárias", afirmou, em comunicado, o Yesh Atid, partido de Lapid.
O premier já havia advertido na segunda-feira que iria convocar eleições antecipadas, a menos que os ministros dissidentes parassem de atacar as políticas do governo.
Sua coalizão, dominada pela direita, está dividida por uma série de questões, incluindo o orçamento para 2015, o alto custo de vida, as políticas em relação aos palestinos e um projeto para proclamar uma “Estado-nação judeu”, que, segundo os críticos, é discriminatório com a minoria árabe de Israel.

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