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LAÍS ALEGRETTI E BERNARDO CARAM - O ESTADO DE S. PAULO
Saldo líquido de vagas formais foi de 123.785, uma queda de 41% ante o mesmo mês de 2013, na série sem ajuste
A geração de empregos em setembro foi a mais baixa para o mês desde o início do governo petista. O saldo líquido de empregos formais gerados em setembro foi de 123.785, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Para meses de setembro, o resultado foi o mais baixo desde 2001, com a geração de 80.028 postos. Depois disso, a geração no mês sempre superou os 150 mil.
No acumulado do ano até setembro, houve criação líquida de empregos formais de 904.913, uma queda de 31,6% em relação ao mesmo período de 2013. O ministro do Trabalho, Manoel Dias, manteve a expectativa de geração de 1 milhão de vagas de emprego formal neste ano. Segundo ele, esse valor será atingido "tranquilamente". Além disso, dezembro é um mês em que sazonalmente o número de demissões é bastante alto e o saldo fica negativo.
O resultado de setembro ficou abaixo da mediana das estimativas coletadas peloAE Projeções, de criação de 133.000 postos de trabalho e dentro do intervalo das previsões, que iam de geração de 68.842 a 173.400 vagas.
A geração de empregos no mês passado foi 41,35% menor do que em setembro de 2013, quando ficou em 211.068 pela série sem ajuste. Já pela série ajustada, houve queda de 51,96%. A série sem ajuste considera apenas o envio de dados pelas empresas dentro do prazo determinado pelo MTE. Após esse período há um ajuste da série histórica, quando as empregadoras enviam as informações atualizadas para o governo.
Eleição. A geração de postos de trabalho em agosto foi 101,4 mil. No mês passado, a menos de um mês do primeiro turno das eleições, o governo federal antecipou a divulgação dos dados Caged.
Apesar de a criação de postos de trabalho em agosto de 2014 ter sido menor que a de agosto de 2013, ela se tornou o resultado mais recente disponível e "apagou" o resultado de julho, quando a geração de empregos no Brasil registrou o pior saldo para o mês desde 1999, com apenas 11,7 mil postos criados.
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