quarta-feira, 15 de outubro de 2014

ECONOMIA: Mantega diz que gasolina pode subir mesmo com petróleo mais barato

Do UOL, em São Paulo

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (15) que a gasolina pode subir no Brasil, mesmo que a queda nos preços internacionais do petróleo tenha zerado as perdas com a importação de combustível.
"Havia defasagem (em relação aos preços no exterior), agora não há defasagem. Agora é em benefício da Petrobras. O preço da gasolina está mais alto, então a Petrobras está ganhando com isso. Mas isso não significa que não haverá aumento, isso é uma decisão da empresa", afirmou Mantega, que também é presidente do Conselho de Administração da estatal.
A forte queda no preço do petróleo, que ontem fechou em US$ 85 o barril em Londres, fez com que, pela primeira vez no ano, a Petrobras passasse a importar e vender o combustível sem prejuízo.
Normalmente, a Petrobras compra combustíveis no exterior e revende-os no Brasil por um preço mais baixo, controlado pelo governo, sócio majoritário da empresa.
O governo faz isso na tentativa de conter a inflação no país, mas essa diferença afeta as contas da estatal. Porém, isso prejudica as contas da estatal.
Mantega reafirma que gasolina deve subir neste ano
Três dias antes do primeiro turno das eleições, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a afirmar que o preço da gasolina deve subir ainda neste ano.
O ministro já tinha feito afirmações semelhantes em agosto e em setembro.
Último reajuste foi em novembro de 2013
O último ajuste de preço dos combustíveis foi em 30 de novembro do ano passado, quando a Petrobras anunciou aumento médio de 4% na gasolina e de 8% no diesel, nas refinarias (nas bombas, diretamente para o consumidor, o reajuste podia ser outro).
Na época, especialistas calcularam que a alta da gasolina ao consumidor final seria de cerca de 3%.
Metodologia para reajuste dos combustíveis foi proposta há um ano
Em outubro do ano passado, a Petrobras tinha pedido ao seu Conselho de Administração uma nova política de preços, que previa reajustes automáticos e periódicos de combustíveis, conforme a necessidade de alinhamento com os valores praticados no mercado internacional.
A fórmula desagradou a presidente Dilma Rousseff porque poderia aumentar a inflação e criar um mecanismo indesejável de indexação (aumentos automáticos sempre que uma determinada situação é atingida). A indexação foi um dos problemas para o país controlar a hiperinflação que existia até os anos 1990.
O Conselho da estatal, presidido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, aprovou a implementação de uma política de preços, mas não divulgou mais detalhes sobre essa nova proposta. Na época, a Petrobras divulgou aumento do preço da gasolina em 4% e do diesel em 8%. 
Analistas criticaram a decisão, dizendo que a falta de clareza sobre os critérios mantém incertezas para o mercado, em um momento em que a empresa enfrenta defasagem dos preços domésticos na comparação com os internacionais.
(Com Reuters e Valor)

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