terça-feira, 29 de julho de 2014

ECONOMIA: Juro médio no crédito ao consumidor chega a 43% ao ano, o maior desde 2011

Do ESTADAO.COM.BR
MARIANA CONGO - O ESTADO DE S. PAULO

Taxa de juro ao consumidor é a maior desde março de 2011; inadimplência média caiu na passagem de maio para junho, informa o Banco Central
O taxa de juros média ao consumidor, no crédito livre, apresentou alta de 0,5 ponto porcentual na passagem de maio para junho. Com isso, o juro médio para pessoa física ficou em 43% ao ano em junho, o maior desde 2011. A série histórica do Banco Central para este indicador vem desde março de 2011.
Já a inadimplência de pessoa física no crédito livre registrou recuo de 6,7% para 6,5% na comparação mensal.
O crédito livre ao consumidor representa os empréstimos e financiamentos com taxas livremente negociadas entre instituições financeiras e consumidores para compra de bens em geral, veículos, arrendamento mercantil, desconto de cheques e crédito renegociado. 
Já o crédito imobiliário, por exemplo, não entra nesta conta, já que é um recurso direcionado. O crédito direcionado é regulamentado pelo Conselho Monetário Nacional (CMV) ou vinculado a recursos orçamentários do governo para incentivo da produção e do investimento em médio e longo prazos nos setores habitacional, rural e infraestrutura. O crédito direcionado também inclui o as operações rurais e os empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Nesta modalidade, a taxa média para o consumidor caiu de 7,9% ao ano em maio para 7,7% em junho.
Bancos. Apesar da taxa básica de juros, a Selic, ter sido mantida pelo Banco Central em 11% ao ano pelo segundo mês consecutivo, os bancos ampliaram o spread bancário no crédito livre ao consumidor de 30,5 pontos porcentuais para 31,3 pontos porcentuais entre maio e junho. 
O spread representa o "preço do dinheiro", ou seja, a diferença entre quanto o banco paga para "comprar dinheiro" no mercado (transações que têm a Selic como taxa de referência) e por quanto "vende" o dinheiro ao consumidor, via empréstimos e financiamentos. 
Questionado sobre o aumento do spread, o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou que as modalidades que têm taxas de juros mais elevadas são mais sensíveis ao movimento da Selic. "O cheque especial, por exemplo, no ciclo de alta de taxa de juros teve elevação em proporção mais acentuada. Por outro lado, quando o ciclo é de baixa, a taxa também tem essa redução. Isso acaba conferindo maior movimento aos spreads como um todo", disse.
Segundo Maciel, as taxas de juros estão se acomodando, após o ciclo de alta da Selic, que elevou a taxa básica entre abril de 2013 e abril deste ano, período em que subiu 3,75 pontos porcentuais. Em março de 2013, a taxa básica de juros estava em 7,25% ao ano, no menor nível da história.
(Com informações da Agência Estado)

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