terça-feira, 10 de junho de 2014

SEGURANÇA: PF prende 17 em operação contra o tráfico; lanchas e aviões são apreendidos

Do UOL, em São Paulo
Operações da Polícia Federal
24.jul.2012 - Dora Cavalcanti, advogada de Carlinhos Cachoeira, fala com a imprensa nos arredores do Tribunal da Justiça Federal, em Goiânia. No primeiro dia de depoimento, nesta terça-feira, sobre ação criminal da operação Monte Carlo. A defesa de Carlinhos Cachoeira disse que identificou 213 linhas telefônicas acessadas pela Polícia Federal durante a operação, mas que não teriam sido incluídas como alvo da interceptação. A defesa do contraventor pretende desqualificar as escutas, repetindo o que já ocorreu com outras grandes operações da PF Cristiano Borges/UOL
A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (10) 17 suspeitos de participar de um grupo que traficava drogas do Paraguai e da Bolívia para distribuição em vários Estados do Brasil. Os agentes também apreenderam aviões, carros de luxo e até lanchas que pertenceriam ao grupo.
A operação, batizada de Athos, foi realizada por cerca de 250 policiais federais nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Além dos 17 detidos, outros dois mandados de prisão foram entregues a suspeitos que já estão presos na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (Grande BH). A Operação Athos é coordenada pela Superintendência da PF em Minas.
Doze prisões foram realizadas em Juiz de Fora (MG), duas em Belo Horizonte, uma Curitiba, uma em São Paulo e uma em Brasília. Foram apreendidos 18 veículos de luxo, dois aviões (em Mogi das Cruzes e Americana, ambas em SP) e duas lanchas. Também foi apreendido R$ 120 mil em espécie, joias, 375 kg de maconha, 6 kg de cocaína e uma pistola.
Tráfico internacional
A ação foi deflagrada para o combate ao tráfico internacional de drogas após a descoberta de um grupo com alto poder econômico, apontado como um dos principais fornecedores dos produtos ilícitos no país. Os envolvidos traziam drogas da Bolívia e do Paraguai de avião para o interior paulista para, posteriormente, fazer a distribuição em cidades de Minas Gerais, Rio de Janeiro e da região Nordeste.
Uma parte da quadrilha tinha o papel de financiar o tráfico. Somente um dos integrantes desse núcleo teve o rendimento em um ano de R$ 120 milhões, segundo nota publicada pela PF. Para legalizar o dinheiro obtido com os negócios criminosos, o grupo usava empresas de fachada no setor de transporte de passageiros e de comércio em geral. A ação envolvia o uso de documentos falsos.
Bloqueio de bens
Na tentativa de coibir a ação desses criminosos, a PF procurou enfraquecer o poder econômico recorrendo a medidas judiciais para o bloqueio de bens avaliados em cerca de R$ 70 milhões. Além das apreensões, foram bloqueados valores e ativos depositados em instituições bancárias em titularidade de 28 CPFs e quatro CNPJs.
Houve ainda o sequestro de todos os bens imóveis e veículos em nome das mesmas pessoas físicas e jurídicas, assim como do patrimônio já identificado dos investigados, incluindo cinco aeronaves, quatro lanchas de luxo, um jet ski, 11 imóveis e 14 veículos.
Durante as investigações, foram apreendidos 594 quilos de cocaína (pasta-base e cloridrato), cerca de 1,5 tonelada de maconha, uma pistola, seis veículos, um caminhão, além de R$ 203,7 mil e US$ 390 mil. Dezesseis pessoas já tinha sido presas em flagrante nas investigações sobre o esquema.

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