Da FOLHA.COM
LÍGIA MESQUITA, DE BUENOS AIRES
As reservas internacionais da Argentina caíram US$ 10 bilhões ao longo deste ano, chegando ontem a US$ 33, 21 bilhões, segundo o Banco Central do país. É a maior queda desde a crise de 2001. Em junho, o patamar das reservas já havia atingido o menor valor desde 2007: US$ 38,578 bilhões.
Para tentar conter a fuga de dólares, o Banco Central argentino decretou novas medidas ontem. A partir de agora, os exportadores e cerealistas terão que fazer seus pedidos de financiamento, em dólar, no exterior, e depois enviar o dinheiro para a Argentina para ser trocado por pesos.
As reservas no país estão em queda desde que entrou em vigor o chamado ''estoque cambial'', em 2011. A medida tenta atenuar a fuga de capitais com exigentes controles para a compra de dólares e limita as importações.
"Essa queda de US$ 10 bilhões eu não diria que é alarmante, mas provoca barulho", diz à Folha o economista Juan Pablo Ronderos, da consultoria Abeceb. "No passado, as reservas em baixa foram o parâmetro da crise argentina. Então essa baixa provoca incertezas nas pessoas."
Segundo o economista, no dia a dia o resultado dessa menor quantia de reservas é visto no mercado paralelo de dólares. Hoje a moeda americana era negociada a AR$ 9,83 no câmbio paralelo, contra AR$ 5,95 no oficial.
Comentários:
Postar um comentário