Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
A programação orçamentária (em bom português : correção do Orçamento aprovado pelo Congresso) divulgado na sexta-feira revela que há ainda um rombo de R$ 25 bi para o governo fechar suas contas mais ou menos equilibradas, com alguma sobra para pagar parte dos juros da dívida, o chamado superávit primário. Normalmente, esse ajuste é feito na mesma ocasião do anúncio da programação orçamentária, com o "contingenciamento" das despesas excedentes - no caso, este ano, os R$ 25 bi. Porém, excepcionalmente, o Ministério do Planejamento deixou para anunciar o contingenciamento em outro dia, provavelmente no dia 22/5. A razão é muito simples : o dinheiro a ser cortado tem praticamente o mesmo tamanho do das emendas dos parlamentares. E cortar R$ 25 bi das expectativas de deputados e senadores num momento em que a presidente Dilma tem projetos importantíssimos a serem votados no Congresso é risco de desagradáveis surpresas.
Dúvida
A dúvida é saber se os experimentados parlamentares vão engolir a manobra. Já há uma insatisfação grande na base aliada, a falta desse "alpiste" deve aumentar a grita. Há partidos doidinhos para dar um susto no Palácio do Planalto. Muitos podem aproveitar a MP dos Portos para dar o seu recado. Há uma parcela do PMDB que não se aguenta de tanta coceira para uma traiçãozinha.
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