Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
Não é apenas de tomates que a elevada inflação vive. O que se vê é um sistemático e generalizado processo de aumento de preços. Já comentamos nesta coluna (na semana passada) que o problema não é apenas o fato da inflação ser 6% ou 6,5%, mas o conjunto das informações (alta generalizada de preços, câmbio valorizado, baixo crescimento, etc.). De fato, ponderados a política e a economia, a equação macro e microeconômica não fecha. Afora estes aspectos estruturais, o IPCA a ser divulgado amanhã vai "furar" a banda superior da meta de inflação. Um mau sinal que apenas mostrará que a água está subindo e o BC persiste de mãos atadas, seja pela presidente, seja pela conjuntura - o PIB que capenga não justificaria uma taxa de juros mais elevada. O mais estranho é a passividade da classe política, em geral, e da oposição em particular. A crise é emergente, mas também é imanente - a politicagem não pode ser distinguida da fragilidade da política econômica. Tudo deve continuar na mesma toada enquanto o desemprego não mostre seus dentes. O que pode demorar até o eleitor depositar o seu voto e descobrir que foi traído pelas aparências.
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