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Moeda americana está abaixo de R$ 2,00 pela primeira vez em sete meses
Moeda americana abriu em queda nesta terça-feira - Haruyoshi Yamaguchi/Bloomberg News
SÃO PAULO - O dólar comercial está sendo negociado abaixo de R$ 2,00 pela primeira vez em sete meses. Por volta de 13h16m, a moeda americana perdia 0,59% e estava sendo negociada a R$ 1,987 na compra e R$ 1,989 na venda, a menor cotação desde o dia 2 de julho, quando a divisa também encerrou a R$ 1,98. Na máxima do dia, o dólar foi negociado a R$ 1,998 e na mínima a R$ 1,986. O dólar turismo, usado pelos turistas em viagens, também está em queda de 0,93% e vale R$ 1,90 na compra e R$ 2,13 na venda. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), apresenta volatilidade. O índice abriu o pregão em queda, inverteu o sinal, mas voltou a se desvalorizar. Por volta de 13h15m, o índice se desvalorizava 0,19% aos 59. 914 pontos, perdendo novamente o suporte de 60 mil pontos.
Para os economistas da corretora Souza Barros, a perspectiva é que o movimento de baixa na Bolsa continue, após o índice perder também o suporte de 61 mil pontos na segunda-feira.
Entre as ações mais negociadas do Ibovespa, Vale PNA (sem direito a voto) cai 0,63% a R$ 37,47; Petrobras PN cai 2,63% a R$ 18,87; OGX Petróleo ON (com direito a voto) recua 0,64% a R$ 4,64; Itaú Unibanco PN recua 0,11% a R$ 34,77 e Bradesco PN perde 1,22% a R$ 36,14.
As maiores altas do pregão são apresentadas pelos papéis PN da Gol, que sobem 4,03% a R$ 14,96. Os papéis ON da Usiminas têm a segunda maior alta do pregão com valorização de 3,56% a R$ 11,35. A maior baixa é dos papéis PNA da Cia. Suzano de Papel e Celulose, com perda de 2,78% a R$ 7,35.
No mercado de câmbio, o Banco Central rolou, na segunda, contratos de swap cambial, no valor de US$ 1,85 bilhão, que venceriam na próxima sexta-feira. O mercado entendeu que o governo quer o dólar mais próximo de R$ 2,00 para evitar pressões sobre a inflação. Bastou para que os bancos vendessem suas posições compradas em dólar e a moeda americana despencasse 1,33% na segunda. Hoje, a divisa americana mantém o movimento de baixa.
- O movimento de queda do dólar deve continuar no curto prazo, com os investidores testando em qual patamar o BC vai voltar a intervir, desta vez para evitar uma desvalorização exagerada. Enquanto, o BC não sinalizar qual é o piso, a queda da moeda americana deve continuar. Hoje, o mercado já está testando o patamar de R$ 1,98 - avalia Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.
Nas mesas de corretoras de câmbio, as previsões para o dólar comercial, no curto prazo, são desencontradas. Há quem já fale em um dólar a R$ 1,70 nos próximos meses. Mas as estimativas mais realistas apontam para um piso de R$ 1,95.
- Agora, abaixo de R$ 2,00 tudo pode acontecer. Estamos sem parâmetro para fazer previsões. Mas, entre operadores, já se cogita um piso de R$ 1,95 para que o BC intervenha com leilões de contratos de swap reverso, que equivalem a uma compra de dólares no mercado futuro - diz o operador de uma corretora de câmbio.
No mercado doméstico, os investidores começam a olhar os balanços referentes ao quarto trimestre de 2012 e as perspectivas para 2013. A Vale, por exemplo, aprovou a proposta de remuneração mínima aos acionistas de US$ 4 bilhões em dividendos para este ano. O valor correspondente a US$ 0,77 por ação ordinária (VALE3) ou preferencial (VALE5), a ser distribuído aos acionistas em duas parcelas nos dias 30 de abril e 31 de outubro de 2013. A proposta será submetida ao conselho de administração da mineradora. O valor é 33% inferior ao dividendo mínimo de 2012, quando a companhia pagou US$ 6 bilhões aos acionistas, retomando o mesmo patamar de 2011.
No exterior, o mercado está à espera do índice que mede a confiança do consumidor nos Estados Unidos. Em dezembro, houve queda para 65,1 pontos, quando os analistas esperavam estabilidade. O S&P 500 está praticamente estável, com leve alta de 0,01%; o Dow Jones avança 0,18% e o Nasdaq tem queda de 0,49%.
Na Europa, as principais Bolsas estão em queda, com exceção de Londres. O Ibex, principal índice da Bolsa de Madri, perde 0,54%; o Dax, do pregão de Frankfurt, se desvaloriza 0,02%; o Cac, de Paris, recua 0,17% e o FTSE, da Bolsa de Londres, sobe 0,25%.
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