Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL
Se não havia ilusão de que a crise atual não
comportaria saídas fáceis, está se consolidando entre os agentes econômicos
mundiais de que a crise atual deve incorporar novos e perigosos elementos
capazes de prejudicar ainda mais o crescimento econômico mundial pelos próximos
anos. Destacamos
(a) A elevada probabilidade da retirada da Grécia
do euro. Eis um assunto muito comentado, mas cujas consequências são
imprevisíveis;
(b) A fragilidade financeira da Espanha, Itália e,
em menor medida, da França indica que os bancos centrais terão de socorrer cada
vez mais estas instituições que estão tendo de financiar no mercado;
(c) O desemprego campeia no Velho Continente e as
mudanças políticas que virão mostrarão cada vez mais a exaustão do modelo
"Merkozy" de austeridade fiscal em meio a um crise semelhante a dos anos de
1929;
(d) O agravamento das relações comerciais é notório
e a incapacidade de negociar dos países é notável;
(e) A China e outros países asiáticos começam a
apresentar quedas (na margem) de seu crescimento com efeitos severos sobre a
demanda mundial;
(f) Os EUA estão em ano eleitoral e o debate sobre
a economia ganha contornos de certa irracionalidade no que tange à política de
expansão fiscal e monetária.
Não haverá somente um aumento da volatilidade nas
economias em geral. A possibilidade de uma depressão mundial é concreta e será
um "fantasma" a perturbar a vida dos governos e seus cidadãos.
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