Do ESTADAO.COM.BR
Clarissa Mangueira, da Agência Estado
Exigências obrigam Espanha a reduzir o déficit orçamentário do governo a 3%
do Produto Interno Bruto até 2013; proposta poderá relaxar prazo para 2014
BRUXELAS - A Comissão Europeia está considerando se recomendará a extensão do programa de ajuste fiscal da Espanha em um ano, afirmaram duas fontes da União Europeia. A discussão ocorreu durante uma reunião semanal de comissários europeus, conhecida como College, mas a decisão sobre a recomendação final pode não ser alcançada nesta quarta-feira, segundo as fontes.
"Eles estão
conversando agora sobre dar uma extensão à Espanha", "mas pode ser que não haja
nada decidido ou final hoje", disse uma das fontes.
A Espanha está presa
entre as exigências rigorosas da UE para reduzir o déficit orçamentário do
governo a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2013, e uma economia que está se
debatendo em meio a impostos mais altos e cortes maiores nos gastos do governo.
O governo precisar reduzir o déficit orçamentário para a meta de 5,3% do PIB em
2012, e para 3% do PIB em 2013, de 8,9% em 2011.
A proposta de relaxar o
prazo que está sendo discutida hoje poderá dar tempo extra para que a Espanha
atinja a meta de redução do déficit para 3% do PIB, ampliando o prazo final para
2014.
O jornal espanhol El País reportou hoje na sua edição na Internet,
citando um rascunho de um documento da União Europeia, que a Comissão Europeia
pedirá aos ministros das Finanças da União Europeia que deem mais um ano para
que a Espanha atinja a meta de déficit de 3% do PIB.
A maior
flexibilidade para alcançar as metas de déficits orçamentários está
condicionada, no entanto, à aceleração do aumento da idade de aposentadoria da
Espanha, da base tributável do imposto sobre o valor agregado e garantia de que
os governos regionais cumpram o programa nacional de estabilidade, entre outras
coisas, o jornal.
A Comissão Europeia pedirá também que a Espanha crie
uma instituição fiscal independente, que já existe em outros países, como a
Suécia e o Reino Unido, para realizar análises, dar consultoria e controlar a
política fiscal do país, afirmou o El País.
Se a Comissão Europeia
decidir fazer essa recomendação, ela precisará ser aprovada pelos líderes da UE,
que se reunirão nos dias 28 e 29 de junho em Bruxelas. As informações são da
Dow Jones.
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