quinta-feira, 12 de abril de 2012

POLÍTICA: Demóstenes participa de reunião do Conselho de Ética e diz que provará inocência

Do UOL, em São Paulo

O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) participou na manhã desta quinta-feira (12) da reunião do Conselho de Ética do Senado que vai escolher o relator de sua investigação, aberta na última terça-feira. Logo no começo da reunião, Demóstenes disse que vai se defender e provar sua inocência.
O senador questionou a forma como o parlamentar Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) foi escolhido presidente do conselho. Demóstenes argumentou que o senador mais idoso pode substituir o presidente e o vice-presidente do Conselho de Ética em caso de ausência de ambos, mas não em caso de vacância do cargo de presidente, que seria o caso, já que o presidente anterior, senador João Alberto (PMDB-MA), se licenciou do mandato para assumir cargo no governo do Maranhão.
Demóstenes disse ainda que não pretendia alegar nulidade de nenhum ato, mas sugeriu que o conselho formalizasse a eleição do seu presidente.
Ontem, o senador já havia sido notificado do processo aberto a partir de uma representação do PSOL para investigar as supostas ligações do parlamentar com Carlinhos Cachoeira, empresário preso pela Polícia Federal por exploração de jogos ilegais. Demóstenes tem prazo de dez dias úteis para apresentar sua defesa prévia no conselho.
Caberá ao relator escolhido hoje fazer um relatório recomendando a absolvição ou punições ao senador. Entre as penas estão desde uma advertência até a perda do mandato. Após isso, o relatório será votado pelo conselho. Se for decidido que Demóstenes deve ser cassado, o pedido ainda terá que passar pelo plenário da Casa, em votação secreta.
De acordo com o presidente do Conselho de Ética, o processo sobre a possível quebra de decoro parlamentar se justifica por tratar de fatos que ocorreram durante o mandato de Demóstenes. Valadares só tomou a decisão após consultar o plenário do conselho, que julgou regimental a sua iniciativa, uma vez que o PMDB ainda não indicou um titular para o cargo de presidente do conselho.
Valadares afirmou que as acusações contra o senador são de conhecimento público e constam dos autos do inquérito 3.430, com relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, no STF (Supremo Tribunal Federal), aberto a pedido da Procuradoria-Geral da República.
(Com Agência Senado)

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