quarta-feira, 4 de abril de 2012

ECONOMIA? Dólar sobe e vale R$ 1,83%; Ibovespa opera em queda

De OGLOBO.COM.BR

João Sorima Neto, com agências internacionais


SÃO PAULO - O dólar comercial abriu os negócios desta quarta-feira em alta e às 10h48m a moeda americana tinha valorização de 0,16%, sendo cotada a R$ 1,8300 na venda e R$ 1,8290 na compra. A moeda negociada no mercado futuro, com vencimento para maio, subia 0,35%, a R$ 1,842. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), abriu em queda e às 10h48m se desvalorizava 0,75% aos 63.802 pontos.

O mercado de câmbio opera com cautela, após o governo divulgar que fará ações contínuas para frear a desvalorização da moeda americana frente ao real. O anúncio foi feito pelo próprio ministro Guido Mantega durante apresentação do pacote de medidas de estímulo à indústria. Na terça, o BC voltou a fazer um novo leilão de compra de divisa da moeda americana para reduzir a desvalorização frente ao real. Na terça-feira, a moeda norte-americana encerrou o dia com queda de 0,27%, a R$ 1,8272.

As ações de maior peso no Ibovespa caem nesta quarta: Vale PNA se desvaloriza 1,24% a R$ 41,35 e Petrobras PN perde 1,64% a R$ 22,19.

Na terça, as ações ON da OGX Petróleo (OGXP3) fecharam em queda de 5,13% na Bolsa após circularem informações de que sua plataforma de exploração de petróleo apresentou um vazamento. Em nota, a empresa negou a ocorrência. Em nota, a OGX “ressaltou o bom andamento de suas operações em todas as bacias em que atua e que atende a todas as exigências regulatórias vigentes no Brasil, as quais preveem imediata comunicação de qualquer eventual vazamento aos órgãos competentes como ANP, Ibama e Marinha do Brasil”. As ações ON da empresa came 0,83% a R$ 14,23.

- Respondendo a resultados piores dos leilões de Espanha, as principais bolsas europeias operam em queda. Com isso, esperamos para a bolsa de valores brasileira mais um dia de variação negativa. Neste contexto, no mercado de câmbio o dólar se aprecia frente às demais moedas, como resultado de maior aversão a risco, o que esperamos que ocorra também frente ao real - avalia o economista Octávio de Barros, do Bradesco, em relatório divulgado nesta quarta.

Na Europa, as Bolsas operam em queda nesta manhã. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, cai 1,06%; o Dax, de Frankfurt, se desvaloriza 2,18%; na Bolsa de Paris, o índice CAC perde 1,92% e, em Londres, o índice FTSE se desvaloriza 1,50%. O Banco Central Europeu (BCE) informou que manteve a taxa básica de juros da zona do euro em 1% ao ano, pelo quarto mês consecutivo. A tentativa da instituição é estimular a economia da região, que tecnicamente está em recessão.

A situação da Espanha continua despertando a desconfiança do mercado financeiro. O país tenta convencer o mercado de que pode reduzir seu déficit orçamentário este ano, mesmo com recessão. Nesta quarta, a Espanha fez um leilão de títulos e teve que pagar taxa de juro mais alta. Madri vendeu € 2,6 bilhões em papéis de médio prazo. O juro médio pago por um título com vencimento em 2015 foi de 2,890%, frente aos 2,440% pagos em 15 de março, quando houve outro leilão. Para os títulos de 2016, o rendimento pago foi de 4,319%, após 3,376% há um mês. Já um título com vencimento em 2020 teve rendimento de 5,338%, contra 5,156% em setembro.

Dados mais fracos da economia da região do euro também contribuem para o desânimo nos pregões. Na Alemanha, as encomendas ao setor manufatureiro cresceram menos do que o esperado em fevereiro, segundo dados do Ministério da Economia. A alta foi de 0,3% em comparação com janeiro, em termos ajustados, abaixo da previsão dos economistas que esperavam aumento de 1,5%. As vendas no varejo da zona do euro tiveram leve queda em fevereiro. Segundo dados da Eurostat, o volume de vendas no varejo caiu 0,1% em comparação com janeiro ese reduziu 2,1% em relação a fevereiro do ano passado. Os programas de austeridade dos governos e o aumento do desemprego pesaram sobre o poder de compra do consumidor

Nos Estados Unidos, o índice ADP de criação de postos de trabalho no setor privado apresentou alta de 209 mil vagas, acima das projeções médias que esperavam 206 mil vagas, mas abaixo do resultado anterior de 216 mil. Pequenas e médias empresas puxaram novamente este crescimento com 187 mil novas vagas. As grandes empresas criaram em média 22 mil vagas. A alta foi novamente puxada pelo setor de serviços, com 164 mil postos. O setor de manufaturas manteve o patamar anterior, com 23 mil vagas do total e o setor de produção de bens contribuiu com 45 mil postos de trabalho.

Na terça, a ata do Federal Reserve, o banco central americano, frustrou a expectativa do mercado que esperava novas medidas de estímulo à economia.

Na Ásia, os principais pregões não funcionaram por causa do feriado. Não houve negociações em Hong Kong, China e Taiwan. As Bolsas que abriram seguiram o pessimismo dos pregões americanos e europeus, após a ata do Fed. Na Coreia do Sul, na Bolsa de Seul, o índice Kospi caiu 1,50% e terminou aos 2.018,61 pontos. No Japão, o Nikkei perdeu 2,3%, e terminou aos 9.819,99 pontos.

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