terça-feira, 16 de março de 2010

POLÍTICA: PDT cobra espaço na chapa do PT

Da TRIBUNA DA BAHIA
Evandro Matos

Dirigentes do PDT voltaram à cena ontem para afirmar que não vão aceitar ficar de fora da chapa majoritária encabeçada pelo governador Jaques Wagner (PT). Sem meias palavras, o presidente estadual da legenda, Alexandre Brust, disparou que “chegou a hora de a onça beber água” e que sabe a necessidade e importância do partido para essa composição.
Brust argumentou que à época da consolidação da aliança, cujo acordo foi firmado, o partido tinha apenas três deputados estaduais e três federais. “Agora, o PDT está com seis deputados estaduais, incluindo o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo, e dois deputados federais (podendo chegar a quatro, a depender do julgamento do TSE). Isso sem falar que, com os novos aliados, o partido pulou de nove para aproximadamente 60 prefeitos”, avaliou.
É diante dessa nova realidade que os pedetistas avaliam ter condições de indicar um nome para compor a chapa majoritária de Wagner. Perguntado sobre quem o partido indicaria, Alexandre Brust não vacilou: “Nosso nome é Marcelo Nilo, na vice”. O brizolista avalia que, “assim com os outros partidos estão reivindicando a participação na chapa, o PDT também mantém o seu pleito e a expectativa do seu acolhimento. Hoje, nós estamos cacifados para a disputa”.
Segundo o dirigente, a entrada da sigla no governo teve a participação direta do ministro Carlos Lupi, presidente licenciado da legenda. Conta Brust que Lupi veio à Bahia duas vezes para conversar com o governador Jaques Wagner para tratar da questão.
“Num desses encontros em que nós fomos chamados para conversar, na Governadoria, Wagner esteve com Lupi numa área reservada para acertar detalhes da aliança, pelo menos por uns 30 minutos. Quando eles voltaram para a mesa, foi colocado pelo próprio governador que Lupi havia lhe feito essa condição e ele teria dito que na hora oportuna avaliaria a questão”, disse Brust.
Acordos na proporcional
Sobre as discussões referentes à chapa proporcional, o presidente Alexandre Brust defende o equilíbrio entre as chamadas “forças de centro-direita com as de centro-esquerda”, como pretende o governador Jaques Wagner. “Na estadual, a nossa proposta é que haja no mínimo duas coligações envolvendo os partidos da base do governo, tendo em vista o elevado número de candidatos a deputado estadual”, avaliou o pedetista.
Já para a Câmara Federal, o PDT concorda que haja o “chapão”, abrigando todos os partidos da base governista, inclusive o PR. Alexandre Brust informou que já houve uma conversa entre o seu partido, Jonas Paulo, presidente estadual do PT, e Luiz Caetano, Prefeito de Camaçari e apontado como o coordenador da campanha de Wagner. “Nós tivemos uma conversa preliminar, mas não ficou nada decidido. Para nós, acho que o chapão é vantajoso”, colocou o brizolista.
Procurados para falar sobre o assunto, os deputados estaduais Euclides Fernandes e Roberto Carlos, os dois mais antigos da legenda, não foram localizados. Contudo, o presidente Alexandre Brust disse que todos os deputados estão cientes e concordam com as posições defendidas pelo partido sobre a participação na chapa majoritária e discussões sobre a proporcional.

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