SEGURANÇA: PSOL exige apuração do assassinato de professores em Porto Seguro

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), através dos professores de História Hilton Coelho e César Carneiro, candidatos respectivamente a deputado estadual e deputado federal pela legenda, manifestaram sua preocupação com a possibilidade de mais um crime impune na Bahia. Referem-se ao assassinato dos professores Álvaro Santos e Elisney Pereira Santos, ocorrido no dia 17 de setembro de 2009. O professor Álvaro Santos era da direção regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB-Sindicato). Os dois professores foram vítimas de emboscada. Ambos se encontravam em uma reunião com os pais dos alunos para explicar os motivos de uma paralisação da categoria. Para Hilton Coelho "o crime demonstra clara execução sumária. A estratégia de invadir a casa, fazer familiares reféns, atirar na cabeça das vítimas, com clara intenção de execução, e fugir sem que nenhum objeto fosse subtraído, demonstraram a covardia e o planejamento do ato". César Carneiro, ativista do movimento dos professores e oposicionista à atual direção da APLB-Sindicato, acrescenta que "a sociedade precisa exigir que este crime não fique impune ou caia no esquecimento como aconteceu com o do funcionário municipal assassinado em 6 de janeiro de 2007, Neylton Souto da Silveira. Outro fato lamentável é o silêncio que se estabeleceu após a prisão de supostos assassinos do delegado Clayton Leão Chaves, em Camaçari, e tantos outros. Perdemos dois professores competentes, dois militantes dedicados e isso não pode continuar andando a passos lentos. A consternação de toda a sociedade baiana justificam nossa reivindicação".Hilton Coelho finaliza destacando a ação do Ministério Público Estadual (MPE) "que mais uma vez atuou com agilidade e respondeu positivamente ao apelo popular. A ação social do MPE é de largo alcance. Esperamos agora maior agilidade do PoderJudiciário para que o culpado ou culpados sejam julgados e punidos em caso de comprovação da culpa. Não podemos mais viver com a impunidade".