segunda-feira, 12 de julho de 2010

MERCADO FINANCEIRO: Bovespa fecha em queda de 0,81%; investidor opta pela cautela

Do UOL
EPAMINONDAS NETO, de SÃO PAULO

Cautela foi a palavra de ordem no pregão desta segunda-feira da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Com o início da temporada de balanços do segundo trimestre, e a expectativa pela divulgação de indicadores bastante importantes na China e nos EUA a partir de amanhã, os investidores optaram por não retornar ao mercado de ações ou se desfazer dos papéis de maior liquidez.
O índice Ibovespa, que reflete os preços das ações mais negociadas, retrocedeu 0,81% no fechamento, aos 62.960 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,26 bilhões, bem abaixo da média do mês (R$ 5,1 bilhões/dia), já inferior à média anual (R$ 6,5 bilhões/dia). Nos EUA, o índice Dow Jones (da Bolsa de Nova York) teve modesta alta de 0,18%, enquanto o mais abrangente S&P 500 subiu apenas 0,07%.
Os investidores se desfizeram principalmente dos papéis da mineradora Vale na rodada de hoje. Somente a ação preferencial movimentou cerca de R$ 530 milhões em operações, desvalorizando 1,74%. A ação preferencial da Petrobras, outro papel bastante negociado (R$ 256 milhões no pregão de hoje) teve perdas de 1,26%.
"Acho que houve muito receio pelas notícias que podem vir da China, com toda essa perspectiva de desaceleração da economia. Mesmo com a estimativa de que a Vale apresente lucros muito fortes [no segundo trimestre], o mercado sempre pensa muito a frente e está com receio sobre os preços do minério de ferro", comenta Antonio Cesar Amarante, analista da corretora carioca Senso.
O governo chinês divulga na noite de quarta-feira uma série de indicadores fundamentais, a exemplo do PIB (Produto Interno Bruto), índices de inflação, vendas do varejo e produção industrial.
Os números revelados no final de junho derrubaram as Bolsas de Valores, com a sinalização de que o gigante asiático, grande importador de commodities metálicas, deve desacelerar seu ritmo de crescimento nos próximos meses, num contexto de recuperação lenta na Europa e nos EUA.
O dólar comercial é vendido por R$ 1,765, em alta de 0,22%.
A taxa de risco-país marca 220 pontos, número 2,65% abaixo da pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, a maioria dos economistas do setor financeiro rebaixou suas projeções para a inflação e taxa de juros neste ano. O IPCA previsto para 2010 recuou de 5,55% para 5,45%. E a estimativa para a taxa Selic (10,25% ao ano) para dezembro foi revista de 12,13% para 12%.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, a balança comercial teve um superavit de US$ 722 milhões na segunda semana de julho.
No front externo, a ONS (Agência Nacional de Estatísticas, na sigla em inglês) reportou que a economia do Reino Unido teve um crescimento de 0,3% no primeiro trimestre, confirmando a estimativa preliminar já divulgada.

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