MERCADO FINANCEIRO: Após três quedas, dólar sobe 0,23% e vai a R$ 1,765

Do UOL
Da Redação, em São Paulo

A cotação do dólar comercial fechou em alta depois de três sessões seguidas em queda. Nesta segunda-feira, a moeda norte-americana subiu 0,23%, a R$ 1,765.
No mês, o dólar acumula queda de 2,16%. No ano, porém, ainda tem ganho de 1,26%.
O Banco Central (BC) manteve as atuações diárias no câmbio e voltou a comprar moeda americana em leilão no mercado à vista. A taxa aceita ficou em R$ 1,766.
Na sessão, pesou mais o ambiente negativo no mercado internacional, com queda das commodities após dados indicando uma demanda menor por metais na China.
O único dado associado ao mercado de câmbio mostrou superavit comercial de US$ 946 milhões nas duas primeiras semanas do mês. O número, porém, não exerceu influência sobre a cotação do dólar.
"No mercado de câmbio há um ponto de resistência, quando o dólar atinge R$ 1,76 e não consegue atingir R$ 1,75 ", disse Sidnei Nehme, diretor-executivo e economista da NGO Corretora, em relatório.
Segundo ele, a manutenção de um volume elevado de posições vendidas pelos bancos (mais de US$ 9 bilhões, segundo o Banco Central) tem deixado pouco espaço por ora para uma queda adicional da moeda.
Quanto à perspectiva de entrada de recursos no país, a Gol anunciou nesta segunda-feira que emitirá até US$ 400 milhões em bônus de 10 anos, em mais um sinal de retomada das captações corporativas após um período de turbulência nos últimos meses pela crise europeia.
As Bolsas de Valores europeias subiram pelo quinto dia consecutivo nesta segunda-feira, com as ações da BP subindo 9,4% após notícias de que a empresa pode vender ativos. Porém, alguns investidores mostraram cautela, aguardando o início das divulgações de resultados corporativos do segundo trimestre.
As principais Bolsas asiáticas subiram nesta segunda-feira, com os investidores mostrando uma expectativa positiva para a temporada de resultados que começa esta semana nos Estados Unidos. A previsão é de que os balanços mostrem fortes lucros e sinalizem que a recuperação econômica mundial não perdeu fôlego.
(Com informações de Reuters e Valor)