terça-feira, 23 de março de 2010

ECONOMIA: As preocupações que Dilma ainda traz

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

Embora Lula e toda a sua entourage política estejam cada vez mais convencidos de que a Dilma vai bater Serra, e por isso mesmo já se comece a falar nos corredores oficiais de um "governo Dilma", o que já desperta disputas internas no PT e entre aliados, o comando da campanha da predileta de Lula quer manter a candidata sob proteção. Há preocupação com alguns aspectos do estilo e da história de Dilma que, acredita-se, podem causar ruídos e prejudicar a candidata. O principal deles, já referido, é a desconfiança sobre as posições econômicas da ministra, sua disposição em manter intacta a política que herdará de Lula, por sua vez herdada de FHC.
Lula fala por Dilma
Lula já foi interpelado sobre o assunto por empresários brasileiros e em declarações recentes tem enfatizado que Dilma não vai mudar. Ela também tem feito profissões de fé nas normas vigentes. Mas as dúvidas permanecem e já se fala num compromisso mais forte, uma "Carta aos Brasileiros" de Dilma. Enquanto isso, Henrique Meirelles, Antônio Palocci e, em menor escala, o vice-presidente José Alencar ficam como fiadores do compromisso de Dilma com a economia de mercado.
O viés político
Na outra linha, as preocupações são de cunho político, centradas em três pontos :
1. Demonstrar que a ministra não ficará refém do PT, louco que o partido está para mandar depois dos anos em que teve de se submeter a Lula, muitas vezes contra sua ideologia e princípios.
2. Evitar que a exploração do passado militante de Dilma em organizações clandestinas crie resistências à ministra nos setores mais conservadores da sociedade e mesmo na nova classe média. Termos como "terrorista", "assalto a bancos" podem gerar insatisfações.
3. Evitar também que a oposição tente explorar os escorregões de Dilma em relação a algumas histórias mal contadas tisnem o ambiente, tais como a (i) do curso de doutorado, (ii) do desconhecimento do dossiê contra a família de FHC, (iii) as divergências com a ex-secretária da Receita Federal por conta de investigações de negócios do filho do senador José Sarney. A palavra mentira é muito forte no imaginário do eleitor e se a campanha ficar pesada a oposição não terá muitos pudores em utilizar esses trunfos.

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