quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

MUNDO: Ajuda humanitária começa a chegar ao Haiti em busca de desaparecidos

Do UOL Notícias, em São Paulo*
As primeiras ajudas internacionais para as vítimas do terremoto no Haiti começaram a chegar durante a madrugada desta quinta-feira(14) na capital Porto Príncipe.
Uma equipe de resgate dos Estados Unidos com 72 especialistas em busca de sobreviventes desembarcou durante o início do dia no país e partiu do estado da Virgínia. Outra embarcação da guarda-costeira norte-americana também chegou ao Haiti nesta quinta-feira com mantimentos e remédios para ajudar os desabrigados e feridos pela tragédia. O governo dos EUA anunciou que outras três unidades chegarão ao Haiti entre hoje e amanhã. Equipes da França, Venezuela e China também desembarcaram no país durante a madrugada, segundo o correspondente da BBC em Porto Príncipe, Andy Gallacher.
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Na noite desta quarta-feira, um avião com 14 toneladas de alimentos e remédios do governo brasileiro também desembarcou no Haiti, levando o ministro da Defesa, Nelson Jobim e o embaixador do Brasil no país, Igor Kipman, que estava em Brasília. O governo brasileiro prevê o envio de mais um avião, com suprimentos e uma equipe da Defesa Civil do Rio de Janeiro, com cães farejadores para uso nos resgates. Equipes de outros países como Itália, Reino Unido, Dinamarca, Cuba, México, entre outras nações, também devem chegar à capital haitiana nas próximas horas.Segundo relatos das agências internacionais, muitos haitianos estão sem abrigo e vagando pelas ruas da cidade. Muito sentem receio de voltar para as casas atingidas pelo terremoto, com medo de novos desabamentos. Mais de 24 horas depois do terremoto de 7 graus que atingiu o Haiti, ainda é possível ouvir muitos gritos e pedidos de ajuda entre os escombros da tragédia. Pessoas tentam cavar com as mãos as áreas atingidas pelo terremoto, em busca de sobreviventes soterrados.
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Mais ajuda a caminho
O navio americano em águas haitianas é o guarda-costeira Forward, "relativamente pequeno, mas era o que estava mais próximo", disse em entrevista coletiva a subsecretária adjunta para Assuntos Latino-americanos, Roberta Jacobson. Os outros três navios norte-americanos similares que estão a caminho do Haiti contam com helicópteros e uma pequena reserva de ajuda humanitária, segundo explicou em outra entrevista coletiva o general Douglas Fraser, comandante do Comando Sul do Pentágono. Além disso, o Governo dos Estados Unidos enviou uma equipe de especialistas que embarcou em San José (Costa Rica) para fazer uma avaliação da situação no terreno e organizar uma resposta ao desastre. Jacobson disse que os EUA decidiram mandar também o USS Comfort, uma embarcação hospital que em 2007 já tratou quase 100.000 pessoas no Caribe e América Latina. "Partirá de Baltimore (estado de Maryland) para o Haiti assim que seja possível. Demorará uma semana para chegar", disse o general. A frota será completada com o porta-aviões USS Carl Vinson, com 6.000 marinheiros, e um navio anfíbio com aproximadamente 2.000 militares.Preocupação com a segurançaJacobson disse que a situação está calma atualmente, e não há informação de violência ou grandes saques até agora. O funcionário assinalou que os EUA poderiam garantir as operações do aeroporto e do porto com um destacamento de soldados, mas por enquanto não ordenou que seus militares realizem trabalhos policiais em Porto Príncipe.
"Capacetes azuis" brasileiros, chilenos e argentinos que fazem parte da força de Paz da ONU no Haiti foram destacados imediatamente após o sismo para manter a segurança em Porto Príncipe, afirmou a subsecretária, Roberta Jacobson.O coronel Alan Sampaio, porta-voz do contingente militar brasileiro no Haiti, disse na madrugada desta quinta-feira, em entrevista ao "Jornal da Globo", que as tropas continuam com as patrulhas em Porto Príncipe para manter a ordem, em meio ao caos e à destruição após o terremoto de terça-feira (12) e ao esforço para resgatar membros da própria missão que foram soterrados.
O Exército brasileiro confirmou a morte de 14 soldados do país. Também foi confirmada a morte da brasileira Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança. Não há um número oficial de vítimas no país, mas as autoridades haitianas estimam que até 100 mil pessoas podem ter morrido. "Sem dúvida nenhuma, a população está sofrendo muito, nós também estamos sentindo, mas nossa missão é manter um ambiente estável", disse o coronel. Os soldados brasileiros fazem parte da missão de paz liderada pelas tropas do Brasil, formada por 7.000 capacetes azuis de diversos países, 2.000 membros da polícia internacional, 490 funcionários civis, 1.200 civis locais e 200 voluntários, ainda segundo Le Roy. O Brasil tem 1.266 militares na Força de Paz da ONU, a Minustah, dos quais 250 são da engenharia do Exército. Os militares já tiveram participação no socorro às vítimas dos furacões de 2004 e de 2008, que atingiram o Haiti. A força foi trazida ao país depois de uma sangrenta rebelião em 2004, que se seguiu a décadas de violência e pobreza. Além do auxílio às vítimas haitianas e do trabalho de manutenção da ordem, os brasileiros continuam o trabalho de busca por sobreviventes na sede da missão, que desabou. Autoridades da ONU, disseram que cerca de 150 funcionários da ONU ainda estavam desaparecidos, entre eles o representante especial adjunto da ONU no Haiti, o brasileiro Luiz Carlos da Costa. "Não temos todos os equipamentos necessários, e na cidade de Porto Princípe, nós não temos nem a condição de comprar", disse o coronel Sampaio à TV Globo.
Nome oficial: República do HaitiCapital: Porto Príncipe
População: 9.035.536
Idiomas: francês e francês crioulo
Religião: católica, protestante,afro-americanas
Etnias: negros (95%), mulatos e brancos (5%)
IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): 148º
Tipo de governo: república presidencialista
Divisão administrativa: o país é divido em 10 departamentos

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