sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

GERAL: Alvo de investigação na Receita, Gilmar aponta 'abuso de poder' e pede providências a Toffolli

OGLOBO.COM.BR
Carolina Brígido e Bela Megale

Receita abriu um procedimento para identificar 'focos de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência' do ministro e sua mulher, Guiomar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, durante sessão da Segunda Turma do STF Foto: Ailton de Freitas/Agência O Globo/11-09-2018

BRASÍLIA — Depois de tomar conhecimento de que é alvo de uma investigação da Receita Federal com a mulher, a advogada Guiomar Mendes , o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)Gilmar Mendes enviou na quinta-feira um ofício ao presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, solicitando a investigação e "adoção de providências urgentes" em relação aos auditores fiscais.
Toffoli, por sua vez, enviou ofícios à procuradora-geral da República, Raquel Dodge; ao ministro da Economia, Paulo Guedes; e ao Secretário da Receita, Marcos Cintra, solicitando a "devida apuração e adoção das providências cabíveis".
A Receita abriu um procedimento para identificar “focos de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência” relativos a Gilmar e a Guiomar. O documento diz ainda que o "tráfico de influência normalmente se dá pelo julgamento de ações advocatícias de escritórios ligados ao contribuinte e seus parentes, onde o próprio magistrado ou um de seus pares facilita o julgamento". A informação sobre a investigação foi revelada pela revista "Veja". 
No ofício enviado a Toffolli, Gilmar aponta "abuso de poder" por parte dos fiscais da Receita."Causa enorme estranhamento e merece ponto de repúdio o abuso de poder por agentes públicos para fins escusos, concretizado por meio de uma estratégia deliberada de ataque reputacional a alvos pré-determinados"
O ministro do Supremo também pediu a "adoção de providências urgentes" para "apurar a responsabilidade por eventual ilícito" e destacou que "nenhum fato concreto é apresentado" nos documentos publicados pela imprensa.
Gilmar destaca ainda que iniciativa como essa investigação não é "inovadora". "Referida causuística, aliás, não é inovadora, nem contra a minha pessoa e nem contra membros do Poder Judiciário, em especial em momentos em que a defesa de direitos individuais e de garantias constitucionais desagrada determinados setores ou agentes".
Como ministro do STF, Gilmar tem direito ao foro privilegiado e só pode ser investigado pela própria corte.

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