quinta-feira, 11 de outubro de 2018

POLÍTICA: Ciro viaja para a Europa e frustra plano do PT para o segundo turno

OGLOBO.COM.BR
Bela Megale e Sérgio Roxo

Haddad gostaria de ter pedetista em função estratégia na campanha, e aliados falavam em ministério

Ciro Gomes, ao deixar reunião da Executiva Nacional do PDT, que decidiu 'apoio crítico' a Haddad Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo

BRASÍLIA E SÃO PAULO - Terceiro colocado na disputa presidencial, Ciro Gomes ( PDT ) vai embarcar nesta quinta-feira para a Europa. A viagem do pedetista frustra os planos do PT , que gostaria de contar com a sua participação ativa na campanha deFernando Haddad no segundo turno contra Jair Bolsonaro ( PSL ) imediatamente.
Ciro planeja voltar ao Brasil somente na metade da semana que vem, quando faltarão cerca de 10 dias para a eleição. A ausência do pedetista do país nos próximos dias prejudica, pelo menos num primeiro momento, a estratégia de dar um caráter de "frente democrática" à candidatura de Haddad na etapa final da eleição. Para passar a ideia de que o presidenciável não representa apenas o PT, o logo da campanha foi trocado, dando destaque para as cores da bandeira brasileira . O vermelho do primeiro turno foi reduzido, e o slogan da candidatura passou a ser "O Brasil para Todos".
A adesão total de Ciro à campanha de Haddad era tratada como questão de tempo pelos aliados do presidenciável petista. Haddad antecipou para a o começo da noite de quarta-feira sua viagem a Brasília, prevista inicialmente para a manhã de quinta-feira. O candidato do PT chegou a desmarcar uma entrevista que daria ao vivo para TV Bandeirantes, em São Paulo. Ciro estava na capital federal por causa da reunião do comando do PDT, mas deixou a cidade antes da chegada do petista.
- Não há nenhum encontro marcado com a campanha do Haddad. Manteremos nossa posição de ter um apoio crítico - afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi. 
Para os petistas, o apoio crítico do PDT é considerado pouco. A ideia era que Ciro tivesse uma função importante na campanha para impulsionar a transferência dos 13,3 milhões de votos que obteve no primeiro turno. Aliados de Haddad falavam também que o pedetista seria um nome certo no ministério de um eventual governo petista, com direito a uma pasta importante.

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