terça-feira, 9 de outubro de 2018

ECONOMIA: Cenário político ajuda dólar a cair 1,46%, a R$ 3,712

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Expectativa com eleições faz investidor ajustar apostas; Ibovespa fica estável

Pacotes com cédulas de dólar, a moeda oficial dos Estados Unidos Foto: Bloomberg News

SÃO PAULO E RIO — O dólar comercial voltou a registrar queda nesta terça-feira. A moeda americana recuou 1,46% ante o real, encerrando os negócios cotado a R$3,712, refletindo ajuste nas apostas dos investidores na reta final das eleições. Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de São Paulo, fechou estável, aos 86.087 pontos.
- O dólar perdeu a força em relação às moedas emergentes e isso se refletiu aqui. Estamos apenas acompanhando. No entanto, há um bom humor relacionado ao ambiente político - disse Newton Rosa economista da Sulamérica Investimentos.
Internamente, pesa a expectativa de vitória de Jair Bolsonaro (PSL) para a presidência. Ele é visto pelo mercado como mais favorável às reformas. O segundo turno, com Fernando Haddad (PT), ocorre em 28 de outubro.
Na avaliação de Cleber Alessie, operador da corretora H.Commcor, o que está acontecendo é um ajuste por parte dos investidores. Eles apostavam na alta da moeda americana e, com o cenário eleitoral mais definido, está se desfazendo dessas operações, fazendo o dólar cair. 
- O mercado está se desfazendo reduzindo as posições cautelosas. É um movimento técnico - disse, acrescentando que as novas pesquisas eleitorais ainda devem causar volatilidade.
No exterior, o mercado de câmbio estava mais pressionado no início dos negócios, com a revisão, para baixo, da expectativa de crescimento global por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dados mais fortes da economia americana, que podem levar a uma alta mais forte dos juros nos Estados Unidos no ano que vem. No entanto, esse movimento foi revertido. O "Dollar Index", índice da Bloomberg que mede o comportamento da divisa americana frente a uma cesta de dez moedas, registrava pequena variação negativa de 0,10% próximo ao horário de encerramento dos negócios. 
Petrobras mantém alta
Thiago Bisi, economista-chefe da Escola de Investimentos L & S, avalia que, após os movimentos mais expressivos dos últimos pregões, é natural um arrefecimento e até realizações de lucros (venda de ações para embolsar os ganhos). 
- O cenário político parece estar mais ou menos definido. Isso se dá não só pelo favoritismo do candidato do PSL, mas é porque parte dos deputados eleitos devem apoiá-lo em um possível governo. Isso reduziu a preocupação com governabilidade - explicou.
Os papéis ordinários (ON, com direito a voto) e preferenciais (PN, sem direito a voto da Petrobras fecharam em alta de 1,85% e 0,98%, respectivamente. As ações ON da Eletrobras subiram 3,68% e as preferenciais tiveram leve alta de 0,15%.
A Marfirg, gigante do setor de proteína animal, liderou os ganhos neste pregão. As ações avançaram 7,59%. O movimento ocorreu após a companhia ter informado que a venda da Keystone foi aprovada pelo órgão antitruste dos EUA.
O setor bancário, de maior peso na composição do Ibovespa, operou misto. Os papéis ON do Banco do Brasil recuaram 0,51%. Já as preferenciais do Bradesco subiram 0,36% e as do Itaú Unibanco tiveram queda de 0,51%.

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