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Economistas cortam previsão de PIB para 2016 e 2017
- Paulo Fridman / Bloomberg
RIO — Menos de uma semana após a vitória de Donald Trump nos EUA, os economistas brasileiros já esperam que o Banco Central será mais cauteloso em seu plano de redução de juros, iniciado em setembro após quatro anos sem cortes. A previsão dos analistas para a taxa básica Selic é que ela feche 2016 em 13,75% (hoje está em 14%), segundo a pesquisa semanal Focus divulgada nesta segunda-feira. Na semana passada, previa-se que ela terminaria o ano em 13,50%. Para o fim do ano que vem, os economistas mantiveram a expectativa de que a Selic esteja em 10,75% ao ano.
Os analistas voltaram também a reduzir suas estimativas de crescimento econômico no Brasil para este ano e para 2017. Eles esperam que, em 2016, o Produto Interno Bruto (PIB, soma de riquezas e serviços produzidos pelo país) cairá 3,37%. Na semana passada, a previsão era de uma contração de 3,31%. Foi a sexta queda consecutiva da previsão de PIB para 2016 que, há quatro semanas, estava em queda de 3,19% Para o ano que vem, em vez do crescimento de 1,20% esperado há uma semana, os analistas preveem agora uma alta de 1,13%, na quarta queda seguida das previsões.
No câmbio, houve uma pequena alta na estimativa dos analistas para o dólar. Há uma semana, esperava-se que a divisa terminaria 2016 valendo R$ 3,20. Hoje, expectativa é que encerre o ano em R$ 3,22. Para o fim de 2017, a estimativa subiu de R$ 3,39 para R$ 3,40.
Quanto à inflação, houve melhora nas expectativas. A previsão agora é de que os preços acumulem elevação de 6,84% este ano, segundo o índice IPCA, contra 6,88% previstos uma semana atrás. De qualquer forma, a previsão segue indicando que a inflação vai estourar o teto da meta do BC, que é de 6,5% ao ano. Para 2017, a estimativa é de que o IPCA feche 4,93%, contra previsão anterior de 4,94%.
Não só a estimativa de PIB para este ano pioram, mas também a da produção industrial. Os analistas estão prevendo uma retração de 6,06% no setor em 2016, contra 6% na semana passada. Para 2017, manteve-se a expectativa de alta de 1,11% da indústria.
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