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Por Maria Lima
Romero Jucá | André Coelho
Irritado com o resultado da votação que livrou Dilma Rousseff da inabilitação para ocupar cargos públicos, o presidente do PMDB, Romero Jucá (PMDB-RO), afirmou que o caso "terá que ser resolvido em um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF)". E nega que houve um acordão no PMDB para livrar Dilma, garantindo que o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), que defendeu a manutenção dos direitos para a presidente cassada, não fala pelo partido.
- Quem fala pelo PMDB sou eu e não houve acordo nenhum. Eu votei contra. A inabilitação para ocupação de cargos públicos é inerente á pena de cassação do mandato. Uma decisão estranha e inusual. Isso é uma jabuticaba. Se vai florescer, depende do Supremo. O presidente Lewandowski não se manifestou porque vai ter que julgar no Supremo a definição de ocupação de cargo público. No meu entendimento, não vale para disputa de cargo político - disse Jucá.
O ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA), um dos que votou pela manutenção dos direitos de Dilma, diz que a ex-presidente precisa trabalhar.
- Não se praticou aqui a crueldade de tirar de Dilma o direito de trabalhar e viver a vida - disse Lobão.
O senador José Medeiros (PSD-MT) disse que o "pau que deu em Collor não deu em Dilma". Ao sair da votação, ele disse que foi uma vitória pela metade.
- Estamos saindo dessa votação com gosto de caixão velho - protestou.
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