sexta-feira, 26 de junho de 2015

CASOPETROBRAS: Dono de laboratório investigado diz que esteve em Hong Kong em busca de remessas da Odebrecht

OGLOBO.COM.BR
POR GERMANO OLIVEIRA, ENVIADO ESPECIAL

Leonardo Meirelles, do Labogen, esteve em Hong Kong para procurar depósitos


CURITIBA - O empresário Leonardo Meirelles, réu na 13ª Vara da Justiça Federal no âmbito da Operação Lava-Jato, disse ao GLOBO nesta sexta-feira que, com a autorização do juiz Sergio Moro, esteve recentemente em Hong Kong em busca de documentos bancários que comprovassem remessa de valores da Odebrecht para o exterior. Meirelles tenta, assim, rastrear o dinheiro de propinas da Petrobras que, segundo as investigações, teria passado pelas contas por meio de operações comandadas pelo doleiro Alberto Youssef. Meirelles é dono do Laboratório Labogen, que teria sido utilizado por Youssef para várias operações cambiais fraudulentas.
— Estou em busca desses documentos. Não posso dizer agora como está esse trabalho para não atrapalhar as investigações da Justiça — acrescentou Meirelles, que prestou depoimento nesta sexta-feira de manhã à Justiça em Curitiba.
Leonardo Meirelles chegou a ser preso, mas fez um acordo de colaboração e agora aguarda julgamento em casa, em Indaiatuba, interior de São Paulo.
Durante o depoimento, Meirelles disse a Moro que os ex-deputados Luiz Argôlo (SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE) frequentavam o escritório do doleiro Alberto Youssef, em São Paulo, para o recebimento de dinheiro, cujas quantias ele desconhece.
— O Ministério Público quis saber se eu pessoalmente entreguei dinheiro aos dois ex-deputados, mas eu repeti o que já disse em outros depoimentos. Eu não entreguei dinheiro a eles — afirmou Meirelles na saída do depoimento, que durou cerca de 30 minutos.
À tarde, Moro ouviria o depoimento do deputado federal Sibá Machado (PT-AC), mas ele cancelou a viagem a Curitiba ao alegar motivos de saúde. Sibá iria depor como testemunha de defesa do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Líder do PT na Câmara, seu depoimento faria parte de toda a estratégia do PT na defesa de seu ex-tesoureiro.
O chefe de gabinete de Sibá Machado informou à Justiça Federal que o parlamentar se compromete a comparecer à audiência de 6 de julho. Ele encaminhou um atestado médico, do Departamento Médico da Câmara dos Deputados, que informa que Sibá passou por uma consulta médica no dia 25. O documento diz que o deputado deve ficar afastado de suas atividades por dois dias.

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