sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

MUNDO: Grécia e zona do euro fecham acordo para estender resgate por quatro meses

Do UOL, em São Paulo

A Grécia e os ministros das Finanças da zona do euro chegaram a um acordo nesta sexta-feira (20) e estenderam por quatro meses o programa de resgate grego.
Em contrapartida, a Grécia se comprometeu a não voltar atrás em reformas e honrar suas dívidas, disse o presidente da reunião, Jeroen Dijsselbloem. "Este é um resultado muito positivo", disse.
O país também concordou em apresentar até segunda-feira uma primeira lista com reformas que pretende adotar. O prazo para uma lista final, aprovada pelos credores internacionais, vence no fim de abril.
"Esse é um pequeno passo para uma nova direção", disse o ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis. Ele disse que o país foi bem sucedido em evitar medidas recessivas e que continuará com as reformas.
Impasse e possível saída do euro
O resgate de 240 bilhões de euros (cerca de R$ 780 bilhões) concedido à Grécia vencia no final deste mês. Sem a extensão do empréstimo, o país poderia ficar sem dinheiro até o final de março.
Com isso, havia temores de que saísse da zona do euro. Segundo reportagem da revista alemã Spiegel, o Banco Central Europeu já estava preparando um plano de contingência para ser aplicado caso isso acontecesse.
O impasse começou com a eleição de Alexis Tsipras, filiado a um partido de esquerda, como novo primeiro-ministro da Grécia. Uma de suas bandeiras de campanha foi reduzir o programa anticrise no país e focar sua política no bem-estar dos cidadãos.
Empréstimo foi fechado em 2010
A Grécia foi um dos países mais afetados pela crise econômica que começou no final de 2008. O país pertence à zona do euro, e recorreu ao bloco para botar suas finanças em ordem.
Em 2010, foi acertado um plano de empréstimos concedidos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Central Europeu e a União Europeia, trio que ficou conhecido como "troika".
Em troca, a Grécia deveria adotar as chamadas medidas de austeridade, como aumento de impostos e corte de gastos do governo. Tais medidas foram extremamente impopulares e a "troika" passou a ser odiada pelo povo grego.
(Com agências de notícias)

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