quinta-feira, 10 de julho de 2014

GESTÃO: Laboratório que era para ser entregue em 2012 está com obras paradas na BA

Do UOL, em Vitória da Conquista
Mário Bittencourt

Obra da Saúde diz que gera 200 empregos na BA, mas está parada
Uma obra do Ministério da Saúde em Vitória da Conquista (BA) informa que gera 200 empregos, mas ninguém trabalha na área, quase toda tomada pelo mato. A obra é de um laboratório oficial de medicamentos que era para entrar em operação em 2012, segundo o governo federal anunciou em junho de 2011, em um evento em Salvador. O valor total da obra é R$ 601.748,95, sendo R$ 479.272,06 do governo federal e o restante é contrapartida estadual - Mário Bittencourt/UOL
Uma obra do Ministério da Saúde em Vitória da Conquista (BA) informa que gera 200 empregos, mas ninguém trabalha na área, quase toda tomada pelo mato. A obra é de um laboratório oficial de medicamentos que era para entrar em operação em 2012, segundo o governo federal anunciou em junho de 2011, em um evento em Salvador.
O valor total da obra é R$ 601.748,95, sendo R$ 479.272,06 do governo federal e o restante é contrapartida estadual.
O laboratório é um dos centros industriais da Bahiafarma, estatal da Bahia cuja unidade de Simões Filho (Grande Salvador) foi reaberta mês passado, também com atraso nas obras – assim como a unidade de Vitória da Conquista, a de Simões Filho era para funcionar em 2012.
A inércia na realização dos trabalhos em Vitória da Conquista fez com que outro cronograma fosse estabelecido, com início em 17 de junho de 2013 e prazo de conclusão em 5 meses, conforme está registrado na placa.
Materiais espalhados
Os trabalhos em Vitória da Conquista chegaram a ser retomados no meio do ano passado, com a construção de parte dos alojamentos dos operários e do material de construção, mas parou na metade. Alguns dos materiais de construção ainda estão por lá.
Há pelo menos dois meses não é visto ninguém trabalhando no local, segundo trabalhadores do Centro Industrial dos Imborés – onde está localizada a obra. Já são quase sete meses de atraso do novo cronograma oficial.
A obra está sendo tocada pela prefeitura local, que contratou, via licitação, uma empresa de Brasília chamada Antônio José Leão Teixeira – ME, não localizada para comentar o assunto.
O local ainda está em poder da prefeitura de Vitória da Conquista e só após o término das obras é que será repassado à Bahiafarma para que sejam feitas às adequações necessárias.
Viagem a Cuba
Desde 2010, quando a Bahiafarma voltou a existir no Estado, após ser extinta em 1999, na gestão César Borges (atual ministro dos Portos), que a obra vem sendo prometida.
Em 2011, inclusive, o prefeito de Vitória da Conquista, Guilherme Menezes (PT), chegou a ir a Cuba para realizar parceria com o país, com vistas à instalação do laboratório, o que não foi concretizado.
A produção de medicamentos da Bahiafarma é para atender, sobretudo, à demanda do Sistema Único de Saúde e fazer o governo economizar mais com a compra de remédios.
A unidade que foi reaberta na Grande Salvador, por exemplo, vai gerar economia de R$ 39,7 milhões ao Ministério da Saúde com a produção anual de mais de um milhão de comprimidos do medicamento Cabergolina, que gera custo anual de R$ 9,1 milhões. 
Usado para combater problemas hormonais, sobretudo nas mulheres, o comprimido Cabergolina tem previsão de ter o primeiro lote vendido ao Ministério da Saúde no prazo de dois meses. Com a Bahiafarma de Simões Filho, agora são 17 laboratórios públicos no país.
Outro lado
A prefeitura de Vitória da Conquista não informou o motivo da obra estar parada. Comunicou apenas, via assessoria de comunicação, que "a obra de urbanização está em execução e que o contrato firmado tem vigência até novembro de 2014", apesar de a placa indicar prazo de cinco meses para finalização da mesma.
A assessoria do Ministério da Saúde ficou de enviar resposta informando sobre os valores que já foram liberados para a obra e eventuais providências que estão sendo tomadas para a conclusão da mesma, mas isso não ocorreu.
Já a assessoria da Bahiafarma, em Simões Filho, informou que não conseguiu falar sobre a obra parada em Vitória da Conquista com a diretora o órgão, Julieta Palmeira, e não respondeu ao UOL.

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