quinta-feira, 18 de julho de 2013

ECONOMIA: Inflação deve ficar acima do centro da meta do governo até 2014, diz BC

Do UOL, em São Paulo

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou sua projeção para a inflação em 2014. De acordo com o BC, a inflação deverá ficar acima do centro da meta do governo, que é de 4,5%, com intervalo de tolerância de dois pontos para mais ou para menos.
A ata da última reunião do Copom foi divulgada nesta quinta-feira (18). Para 2013, ainda no cenário de referência, a projeção da inflação não mudou, também permanecendo acima da meta.
O BC avalia que a alta da taxa básica de juros (a Selic) a 8,50% ano na semana passada ajudará a colocar a inflação em declínio e garantir que essa tendência continue no ano que vem.
Segundo a ata, o Copom considera apropriada a manutenção do ritmo de ajustes das condições monetárias e alerta que taxas de inflação elevadas aumentam os riscos e deprimem os investimentos.
O BC repetiu que sua política deve permanecer "especialmente vigilante" e que é "apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso". Isso sinaliza que o BC pode manter o atual ritmo do aperto, como esperado pelo mercado.
Na semana passada, o Banco Central subiu a taxa básica de juros. Foi a terceira alta seguida, que já somaram 1,25 ponto percentual e deixaram para trás a mínima histórica de 7,25%.
"O Copom destaca que, em momentos como o atual, a política monetária deve se manter especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que níveis elevados de inflação como o observado nos últimos 12 meses persistam no horizonte relevante para a política monetária".
Os analistas já esperavam uma alta da taxa de juros para combater a inflação, que tem preocupado o governo. Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair, controlando a inflação, em tese. Por outro lado, juros altos seguram a economia e fazem o PIB (Produto Interno Bruto) ficar baixo.
Inflação
Em junho, a inflação medida pelo IPCA estourou novamente a meta, ao acumular alta 6,70% em 12 meses, maior alta desde outubro de 2011. Mas a variação mensal --de 0,26%-- veio bem abaixo das expectativas, reforçando as apostas de que o BC não precisaria acelerar o passo e elevar ainda mais a Selic.
A perspectiva é de que a inflação continue perdendo força, mas o mercado ainda aposta que o IPCA fechará este ano a 5,80% neste ano, praticamente em linha com o ano passado (5,84%) e acima do valor central da meta do governo, de 4,5%.
Com Reuters

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