terça-feira, 28 de maio de 2013

POLÍTICA: Desunidos venceremos

Do POLÍTICA & ECONOMIA NA REAL

Mais uma vez a presidente Dilma Rousseff teve de acionar Michel Temer e os seguidores do vice-presidente da República no PMDB para barrar mais um "ataque especulativo" dos peemedebistas aliados no Congresso Nacional. Duas semanas atrás, o "Super Temer", homem das negociações políticas oficiais, com a ajuda do presidente do Senado, Renan Calheiros, ajudou a aprovar a Medida Provisória dos Portos, que o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha, pretendia "avacalhar". Agora, a ameaça vem do pedido de convocação, já protocolado na Câmara, de uma CPI para investigar negócios da Petrobras no exterior. O patrocínio agora foi do deputado Leonardo Quintão, peemedebista de MG e contou com a assinatura de 52 dos 80 deputados do partido liderado por Temer. Não será difícil conter a CPI. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, tem instrumentos legais para deixá-la engavetada por um bom tempo, até que se perca o interesse. Mas ao governo interessa mesmo é liquidar o requerimento, o que será tentado esta semana. Enquanto ela continuar lá, como um fantasma insepulto, o Palácio do Planalto estará sujeito (para usar uma expressão crua) a chantagens de seus aliados, entes de pouca confiança.

É disto que Dilma quer se livrar
Impressionou a facilidade com que as assinaturas para a formação da CPI da Petrobras foram colhidas no PMDB e na base aliada (120 das 199 que apoiaram o pedido) como já havia impressionado a facilidade como a pífia oposição conseguiu 41 horas de obstrução na votação da MP dos Portos. São fatos que estão enchendo de minhoquinhas as cabeças coroadas do oficialismo e do PT : como o comando do PMDB, que recebe todas as honras da República, não consegue controlar seus parlamentares e depois é preciso sair correndo para apagar incêndios, com os custos que se vê ? A cada uma dessas "rebeliões" corresponde uma "dívida de gratidão" da presidente Dilma com algum peemedebista coroado. Pode não ser, mas desconfia-se dessa desunião em muitos cantos de Brasília. O lema do PMDB parece cada vez mais ser : "Desunidos venceremos". Ou : "O PMDB desunido jamais será vencido".

Ilusão à toa
É ingenuidade atribuir as dificuldades que o governo enfrenta no Congresso a este ou aquele parlamentar ou grupinho. "O inimigo número um" do Palácio do Planalto, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, não existe sozinho. O novo adversário, o também peemedebista, Leonardo Quintão, menos ainda. Não há notícias de que ele tenha colocado a adaga no pescoço de 120 governistas, dos quais 52 (de 80) deputados do PMDB do vice-presidente da República, para assinarem a CPI da Petrobras. Bloco do eu sozinho, só no Carnaval. O governo e a presidente Dilma devem procurar os bodes expiatórios em suas próprias hostes.

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