quarta-feira, 14 de novembro de 2012

MUNDO: Espanha e Portugal iniciam greve geral contra cortes econômicos

Do UOL, em São Paulo

Espanha e Portugal iniciaram nesta quarta-feira (14) uma greve geral de 24 horas contra as medidas de austeridade que os governos adotaram para tentar superar a crise econômica.
Na Espanha, as principais cidades do país serão cenários de piquetes durante o dia. Vinte e oito pessoas foram detidas e 12 ficaram feridas em incidentes no início da manhã, informou o ministério do Interior.
A greve foi convocada pelos dois principais sindicatos do país, a União Geral de Trabalhadores (UGT) e as Comissões Operárias (CO). Vários países europeus convocaram protestos nesta quarta-feira contra a austeridade e o desemprego.
14.nov.2012 - Policiais seguram manifestante em Madri; Espanha e Portugal iniciaram nesta quarta-feira uma greve geral contra as medidas de austeridade que os governos adotaram para tentar superar a crise econômica Andres Kudacki/AP Photo
Polícia portuguesa enfrenta manifestantes
Em Portugal, a polícia enfrentou nesta quarta-feira vários piquetes que promoviam a greve geral em garagens de ônibus, e o maior sindicato lusitano, a Confederação Geral de Trabalhadores de Portugal (CGTP), considerou a atuação uma demonstração de "intimidação" e "tensão" do governo conservador.
Segundo porta-vozes sindicais e veículos de comunicação estatal, os maiores distúrbios aconteceram em garagens de ônibus de Pontinha e Vimeca no distrito de Lisboa, embora não haja informações de feridos graves nem de detenções.
O secretário-geral da CGTP, Armênio Carlos, declarou aos jornalistas que o envio de forças policiais a centros de trabalho do transporte é "inadmissível", limita o direito à greve e reflete o temor do Executivo conservador quanto a seus efeitos.
A greve geral de hoje, a terceira em um ano, reduziu drasticamente o transporte público em Portugal, embora o trânsito tivesse engarrafamentos frequentes nos acessos às grandes cidades, como a capital e Porto.
A CGTP considerou as primeiras horas do protesto um sucesso e calculou a adesão "em mais de 90%" em diversos serviços, sobretudo o transporte.
As ferrovias, tanto locais quanto interurbanas, os metrôs de Lisboa e do Porto, os ônibus e as conexões fluviais foram fortemente afetados pelo protesto e não houve serviços municipais de limpeza na capital e nos centros urbanos próximos.
Carlos e os principais dirigentes das duas forças marxistas do Parlamento português, o Partido Comunista (PCP) e o Bloco de Esquerda (BE) participaram durante a madrugada dos piquetes que promoveram a greve em Lisboa e convocaram a população a apoiá-la para mostrar rejeição à política de austeridade.
(Com informações de Efe e AFP)

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