Do ESTADAO.COM.BR
Stefânia Akel, da Agência Estado
Objetivo é restaurar a competitividade da economia francesa; perda de arrecadação será financiada pelo aumento no imposto de valor agregado (IVA)
PARIS - A França definiu nesta terça-feira um corte de 20 bilhões de euros (cerca de U$ 25,6 bilhões) em impostos sobre a folha de pagamento. A medida deve permitir às empresas reduzirem custos trabalhistas, em uma tentativa de restaurar a competitividade da indústria francesa, que se encontra em forte declínio.
A perda de arrecadação do governo, que corresponde a cerca de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, será financiada por um aumento no imposto de valor agregado (IVA) e por cortes de gastos governamentais na mesma medida, segundo o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault. "Meu governo percebeu a gravidade da situação", disse ele, após uma reunião em que ministros discutiram um relatório sobre medidas para impulsionar a competitividade da economia francesa. "A França precisa de um novo modelo que a coloque novamente no coração da economia global."
De acordo com Ayrault, o corte será financiado pelo aumento nos IVA, com a maior taxa crescendo de 19,6% para 20%, a partir de janeiro de 2014. A taxa média vai subir de 7% para 10%, enquanto a mínima vai cair de 5,5% para 5%. O governo também planeja cortar gastos públicos em 10 bilhões de euros em 2014 e 2015, além de introduzir novos impostos ambientais em 2016, para arrecadar 3 bilhões de euros por ano.
As novas medidas acontecem após a apresentação de um relatório sobre competitividade, encomendado pelo governo francês e elaborado pelo ex-executivo-chefe da fabricante de aviões European Aeronautic Defence and Space (EADS), Louis Gallois. O documento recomendou um corte de 30 bilhões de euros (US$ 38,4 bilhões) em impostos sobre a folha de pagamento como ato principal para fazer com que as empresas do país sejam mais competitivas mundialmente. As informações são da Dow Jones.
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