quinta-feira, 22 de março de 2012

ECONOMIA: Dólar mantém alta e Bolsa cai mais de 1% com pessimismo global

De O GLOBO.COM.BR
Dados mais fracos da indústria na China e na Europa preocupam investidores
SÃO PAULO - Com aversão a ativos considerados de risco, nesta quinta-feira, o dólar se mantém em alta e às 12h11m, a moeda americana se valorizava 0,38% cotada a R$ 1,8280 na venda e R$ 1,8260 na compra. Dados ruins da atividade industrial na China e na Europa fazem as Bolsas mundiais caírem nesta quinta. O Ibovespa acompanha o pessimismo global e opera em queda. Pouco depois das 12h, o indicador operava com desvalorização de 1,59% aos 65.795 pontos.
Entre as ações com mais peso no índice, Vale PNA cai 1,78% a R$ 40,72; Petrobras PN perde 0,99% a R$ 23,87; OGX Petróleo ON cai 1,33% a R$ 16,96; Itaú Unibanco PN se desvaloriza 2,12% a R$ 36,90 e Bradesco PN perde 1,45% a R$ 31,94.
No mercado de câmbio, a moeda americana encerrou a quarta com alta de 0,17%, cotada a R$ 1,821 na venda, sem intervenções do Banco Central no mercado de câmbio. O mercado ainda espera novas medidas do governo para conter a desvalorização da moeda americana frente ao real.
- Os investidores estão fugindo de ativos de risco nesta quinta após a divulgação de dados do nível da atividade industrial na China e na Europa, que vieram em queda, trazendo à tona a possibilidade de recessão na zona do euro e um crescimento menor da economia chinesa - diz o analista de um banco de São Paulo.
Na China, o Índice Geral de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), que acompanha o nível da atividade industrial, medido pelo HSBC, caiu de 49,6 em fevereiro para 48,1 em março, a pontuação mínima em quatro meses. Abaixo de 50 pontos, o indicador sinaliza queda na atividade econômica. Na Europa, as Bolsas operam em queda de mais de 1%. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, cai 1,91%; o Dax, da Bolsa de Frankfurt, tem desvalorização de 1,74%; o índice Cac, de Paris, perde 1,79% e o FTSE, da Bolsa de Londres, cai 0,94%.
O PMI Composto da zona do euro, que reúne dados de indústria e serviços, também veio mais fraco. O indicador caiu para 48,7 pontos, reforçando os riscos de uma recessão na região.
Houve retração do PMI na Alemanha e na França. A queda nas encomendas fez o PMI alemão encolher pela primeira vez no ano. O indicador caiu de 50,2 no mês de fevereiro para 48,1 em março. Abaixo do patamar de 50 pontos, o indicador indica retração da economia. Foi a menor marca desde novembro do ano passado, quando o PMI alemão ficou em 47,9 pontos.
Na França, o PMI de março ficou em 47,6 contra a marca de 50 pontos de fevereiro. Os números mostram que apesar do acordo para salvar a Grécia, a crise na Europa continua mostrando sua cara, com o baixo crescimento ou retração das principais economias.
Nos Estados Unidos, o número de pedidos de seguro-desemprego recuou em 5 mil na semana encerrada em 17 de março, passando de 353 mil para 348 mil. É o patamar mais baixo em quatro anos. Os indicadores antecedentes nos EUA tiveram alta de 0,7%, contra uma alta anterior de 0,1%, acima das expectativas do mercado. Foi a terceira alta consecutiva do índice, que é a compilação de dez indicadores que devem liderar a atividade econômica no próximo bimestre. O dado mantém o precedente positivo para a economia americana nos próximos 60 dias.
Mas os pregões americanos operam em queda acompanhando o pessimismo global: o Dow Jones cai 0,71%; o Nasdaq se desvaloriza 0,49% e o S&P 500 tem queda de 0,89%.
Na cena doméstica, surpreendeu
o número do IPCA-15 de março. O indicador subiu 0,25% contra os 0,53% verificados em fevereiro, uma queda expressiva que surpreendeu o mercado. Nos primeiros três meses do ano o IPCA-15 subiu 1,44%, abaixo dos 2,35% verificados no mesmo período do ano passado. Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a taxa de desemprego em fevereiro foi de 5,7%, pouco acima da taxa registrada em janeiro de 5,5%, mas no menor patamar para o mês de fevereiro desde o início da série histórica, em março de 2002.
Na Ásia, as principais Bolsas fecharam em alta, com exceção da China, nesta quinta. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,4%. Após quatro dias de perdas, a Bolsa de Hong Kong fechou em alta e o índice Hang Seng subiu 0,22%. As Bolsas da China fecharam praticamente estáveis. O índice Xangai Composto caiu 0,1% enquanto o índice Shenzhen Composto perdeu 0,2%.

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